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DIA A DIA

Penhor é crédito com taxa de juros mais baixa, para quem tem nome sujo ou limpo
10/09/2018 - Letycia Cardoso - EXTRA

Em tempos de crise e juros altos, empenhar joias que estão esquecidas nas gavetas é uma alternativa para fugir das elevadas taxas cobradas pelas instituições financeiras no empréstimo pessoal, no cheque especial ou em outra modalidade de crédito.

É também uma saída para quem está com o nome sujo na praça (a exemplo de 63 milhões de brasileiros), já que não há consulta prévia a cadastros de inadimplentes.

A procura é significativa. Segundo a Caixa Econômica Federal, responsável pelas operações, entre janeiro e junho deste ano, foram feitos 4.593.600 contratos e renovações de penhor em todo o Brasil.


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Somente a Região Sudeste foi responsável por mais de dois milhões de transações.
A modalidade deve repetir o desempenho de 2017. Em todo o ano passado, a Caixa realizou mais de nove milhões de contratos dessa natureza, movimentando R$ 14,4 bilhões.

— Os negativados acabam não conseguindo captar outras linhas de crédito. Quando conseguem — geralmente em financeiras e não em instituições bancárias —, as taxas são elevadíssimas, porque o risco de não pagarem a dívida é alto — disse Filipe Pires, professor de Finanças Pessoais do Ibmec/RJ.

Outra facilidade é que, para pôr peças valiosas no penhor, não é preciso comprovar renda. O interessado leva a joia a uma agência para avaliação e sai com o dinheiro na hora. O bem fica guardado num cofre.

O limite de empréstimo pode chegar a 100% do valor da garantia para quem recebe salário pela Caixa. Para os demais, o valor máximo é de 85%. Ainda é possível renovar o contrato várias vezes e, depois de quitá-lo, o item é devolvido. Mas, se o pagamento não é feito na data, o bem é levado a leilão 30 dias depois.

A aposentada Elizabeth Gonçalves, de 54 anos, empenhou joias de família há dois anos — um colar de pérolas, presente de sua avó, seu anel de 15 anos e um anel que ganhou de uma falecida amiga — para comprar roupas.

Por se considerar uma consumista compulsiva, ela já renovou o contrato de penhor várias vezes e, hoje, paga R$ 90 por mês para manter as peças no prego.

Quando mais nova, ela já havia empenhado joias da mãe, mas precisou da ajuda dos irmãos para recuperá-las:

— Eu e meus irmãos herdamos um apartamento do meu pai. Dessa vez, só pretendo pagar a dívida quando o vendermos e houver o rateio. Para mim, as roupas são mais importantes do que as joias.

Essa modalidade de crédito para pessoas físicas, na qual o contratante dá uma garantia real de pagamento, a exemplo de joias, canetas e relógios, é exclusividade da Caixa desde 1930, mas é mais antiga.

O QUE PODE IR PARA O PREGO

Os objetos passíveis de empenho não são apenas joias e metais nobres. A Caixa Econômica Federal também aceita relógios de alta gama, mesmo sendo de aço; pratarias; e moedas de ouro e prata, devido ao valor financeiro ou de coleção.

Esse tipo de crédito é ofertado pelo banco desde a sua inauguração, em 1861.

Mas, naquela época, eram aceitos até cuecas e ternos como garantia. Hoje, dentre os itens mais inusitados, estão chupetas de ouro e objetos fálicos feitos de metais preciosos.

Por não ser uma joalheria, a precificação da peça pela instituição financeira é feita com base na liquidez do bem, ou seja, por quanto ele poderia ser vendido em caso de leilão.

O preço mínimo negociado é de R$ 50 ou 10% do valor do bem empenhado.

TAXAS COMPETITIVAS

Quando comparado com outras modalidades de crédito, o penhor mostra-se atraente por conta da taxa de juros de 2,10% ao mês, enquanto o cheque especial, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e o rotativo do cartão de crédito apresentam taxas mensais superiores a 9%.

As exceções são os juros cobrados de servidores públicos, aposentados e pensionistas, no caso do crédito consignado (com desconto em folha), também com juros baixos, mas sem deixar um bem como garantia.

A maioria dos itens empenhados não tem apenas valor financeiro, mas também sentimental.

Em geral, são joias ou pratarias de família. Por isso, Filipe Pires, do Ibmec/RJ, alerta que é fundamental se organizar para não se esquecer do prazo de resgate.

Mas, quando não há apego ao bem, diz ele, é melhor vender a peça do que empenhá-la:

— A cotação do ouro usada pela Caixa é bem inferior à do mercado, porque o risco está embutido. O estado da joia também é levado em consideração, e o preço é subjetivo, podendo mudar de agência para agência, de acordo com o avaliador. Um relógio adquirido por R$ 60 mil pode significar R$ 3 mil em crédito.


OURO EM ALTA

Outra vantagem em vender as joias é a recente valorização da gramatura do ouro: entre 2017 e 2018, houve um incremento de 25% no preço. Segundo o diretor comercial da Real Brasil Metais, Elizeu Torrez Simon, a razão é a alta do dólar frente ao real.

Na última quarta-feira (dia 5), o grama oscilou de R$ 154 a R$ 156. No entanto, o preço máximo pago pelo grama no penhor é de R$ 76.

Ao optar pelo penhor, o professor recomenda levar a joia a dois analistas de pedras preciosas, para ter uma referência de quanto o mercado está precificando o bem.

Ele lembra também que, quando o item vai a leilão e é vendido por um valor maior do que o da dívida, o inadimplente tem o direito de receber a diferença.

Segundo avaliadores da Caixa, a maioria dos que procuram o serviço é composta por mulheres acima de 40 anos.

E, apesar de a prática não ser incentivada pela instituição, o penhor também é uma alternativa para quem quer manter seus itens valiosos seguros, já que pegar o empréstimo e pagar somente os juros sai mais barato do que alugar um cofre.

PASSO A PASSO DO PENHOR

O que é: Uma modalidade de crédito para quem precisa de dinheiro rápido e sem burocracia.

Condições: Não é necessário ter o nome limpo nem comprovação de renda. Basta apresentar identidade e CPF em situação regular, além de comprovante de residência recente.

Itens a serem penhorados: Joias confeccionadas em ouro, platina, prata, diamantes, pérolas, relógios ou canetas de valor.

Juros: 2,10% ao mês e prazo de pagamento de até 180 dias. Para o penhor parcelado, a taxa de juros é de 3,65% ao mês, e o prazo, de dois a 60 meses.

Renovação: A renovação pode ser feita quantas vezes forem necessárias. Os juros cobrados serão 3,6% a.m.

Valor mínimo do penhor: R$ 50 ou 10% do bem. Não existe mínimo para a parcela.


  

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