Juros abrem em queda com leitura positiva do Ibope e dólar recua 12/09/2018
- O ESTADO DE S.PAULO
Os juros futuros abriram nesta quarta-feira, 12, em queda num movimento alinhado ao dólar e numa reação positiva à pesquisa Ibope/Estado/TV Globo.
O movimento é considerado uma correção, a qual foi iniciada na terça-feira à tarde após as máximas verificadas no período da manhã. No fim da sessão regular da terça, as taxas dos contratos curtos e intermediários exibiam viés ou alta moderada.
Somente os contratos mais longos apresentaram avanço um pouco mais forte.
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Às 9:51, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava em 8,46%, de 8,53% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 exibia 9,77%, de 9,85% no ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2023 estava em 11,53%, de 11,63%, e a do DI para janeiro de 2025 exibia 12,32% ante 12,42% no ajuste de terça
O levantamento Ibope mostrou Jair Bolsonaro (PSL) na liderança e com oscilação de quatro pontos para cima após ter sido esfaqueado durante campanha em Juiz de Fora (MG).
Por outro lado, entre os quatro candidatos que aparecem embolados no segundo turno, Fernando Haddad foi o único que oscilou para cima, indo de 6% para 8%, o que tende a conter o ânimo do investidor, a 25 dias para a votação no primeiro turno.
O ex-prefeito de São Paulo foi confirmado ontem à tarde como o candidato do PT ao Planalto tendo como candidata a vice Manuela D’Avila (PCdoB).
Na pesquisa Ibope Bolsonaro aparece com 26%. O segundo lugar tem um empate técnico entre Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%; Marina Silva (Rede), que caiu de 12% para 9%, empatando numericamente com Geraldo Alckmin (PSDB), além de Haddad.
O Ibope mostrou que o potencial de transferência de votos do ex-presidente Lula para Haddad pode chegar a 38%, sendo que na outra pesquisa do Datafolha era de 49%.
Apesar da volatilidade do mercado com as eleições, a curva de juros segue mostrando menor chance de o aperto monetário começar na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, especialmente diante das expectativas de inflação ancoradas e após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto ter mostrado deflação de 0,09%.
A curva de juro a termo precificava no final da tarde 67% de chance de manutenção da Selic em 6,50% (de 65% um dia antes) e 33% de possibilidade de aumento da taxa em 0,25 ponto porcentual (de 35% na véspera), segundo cálculos da Quantitas Asset.
A agenda nesta quarta-feira é fraca. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, avançou 0,40% na primeira quadrissemana de setembro, perdendo força levemente após a alta de 0,41% registrada no fechamento de agosto.
Os dados foram publicados no início da manhã pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).