Campanha quer gerar 1 milhão de empregos 11/12/2018
- O ESTADO DE S.PAULO
Em uma iniciativa inédita, um grupo de empresários brasileiros lança na próxima segunda uma campanha de mobilização para gerar pelo menos 1 milhão de vagas formais no primeiro mês de 2019.
Chamado de "Empregue +1 – Empresários unidos a favor do emprego", o movimento sugere que cada empresa, das micro às grandes companhias, abra pelo menos uma vaga.
Gabriel Kanner, presidente do Movimento Brasil 200, entidade que lidera o programa, diz que há 22 milhões de CNPJs no País e, “se tivermos adesão de 5% deles, serão 1 milhão de vagas”.
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Segundo ele, a ideia “é ter um impacto grande na geração de empregos já no começo do ano”, coincidindo assim com o início do governo de Jair Bolsonaro.
“A intenção é canalizar o momento de otimismo no Brasil, com empresários retomando investimentos, somando tudo isso em uma campanha de mobilização”, explica Kanner.
“Queremos replicar isso para cada empresa, da grande à pequena, para que abra pelo menos um vaga, o que certamente terá um grande impacto na economia logo de cara.”
A iniciativa tem apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde ocorrerá o lançamento da campanha no dia 17.
Devem participar cerca de 250 empresários dos setores da indústria, comércio, serviços e agronegócio de todo o País.
O Movimento Brasil 200 foi criado no ano passado pelo dono das Lojas Riachuelo, Flávio Rocha, que chegou a lançar sua candidatura à Presidência da República, mas desistiu da disputa.
Kanner, que também pertence ao grupo, informa que a Riachuelo abrirá 300 vagas em janeiro, número que “deve crescer bastante ao longo do ano, de acordo com o número de lojas que forem abertas”.
VAGAS DISPONÍVEIS
Os empresários que participam do Movimento Brasil 200 já aderiram ao programa.
Um deles, Luciano Hang, dono da rede Havan, promete 5 mil novos empregos. Ela já havia anunciado em novembro investimento de R$ 500 milhões na abertura de 20 lojas no próximo ano.
Também já se comprometeram com novas vagas os grupos Centauro e Polishop, entre outros.
Em janeiro, o movimento realizará campanhas em diversas mídias, como rádios, TVs, jornais e redes sociais.
As empresas colocarão as vagas formais que dispõem em um site e os interessados poderão se inscrever nesse mesmo canal. Os números serão acompanhados mensalmente por meio do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo Kanner, serão oferecidas vagas em todos os segmentos, desde manutenção e limpeza até altos cargos, com variadas faixas salariais, todas com carteira assinada e por meio das modalidades previstas na nova legislação trabalhista, como intermitentes e temporárias.
“O melhor programa social para o País é o emprego, pois é um absurdo termos 12,4 milhões de desempregados”, afirma Kanner.
O último dado divulgado pelo IBGE indicam que a taxa de desemprego no País caiu para 11,7% no trimestre que vai até outubro, ante 12,3% no trimestre anterior, mas ainda é considerada muito alta.