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DIA A DIA

Alta de Bolsonaro não ocorrerá antes de 7 dias; nova cirurgia não é descartada
05/02/2019 - O ESTADO DE S.PAULO

Após apresentar febre e acúmulo de líquido na região intestinal, o presidente Jair Bolsonaro não vai ter alta do hospital onde está internado antes dos próximos sete dias, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, em entrevista coletiva.

Inicialmente, a previsão do Palácio do Planalto é que Bolsonaro pudesse voltar a Brasília amanhã, quarta-feira, 6.

O presidente está agora internado em terapia semi-intensiva no Hospital Albert Einstein e precisará receber antibióticos ao longo da semana para evitar um quadro de infecção.


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O porta-voz não descartou a realização de uma nova cirurgia, mas disse que isso não está sendo considerado no momento.

Também afirmou que a necessidade de um novo afastamento do cargo não é estudada, o que dependerá de orientação médica.

“Obviamente que quarta-feira não será mais o dia de alta do nosso presidente”, declarou o porta-voz.

“Se a partir de hoje já contarmos um prazo, esse prazo não será antes desses sete dias, que é exatamente o tempo de ação do antibiótico para debelar eventual infecção que possa ser gerada.”

O Planalto minimizou a surpresa com a mudança no quadro de saúde do presidente.

“Essas intercorrências com altas e baixas são normais para uma pessoa que teve em menos de quatro meses três cirurgias, das quais duas em caráter emergencial”, declarou Rêgo Barros.

“Está dentro do que é esperado pelo quadro clínico do Hospital Albert Einsten.”

FEBRE E DRENAGEM DE LÍQUIDOS

O presidente Jair Bolsonaro apresentou febre de 37,3 ºC e precisou receber antibióticos para evitar infecções, aponta boletim médico divulgado ontem pelo Hospital Albert Einstein.

Além disso, os médicos identificaram um acúmulo de líquido ao lado do intestino, na região da bolsa de colostomia que usava até a semana passada. O presidente está com um dreno no local.

De acordo com o boletim, Bolsonaro está sem dor, sem febre e permanece com alimentação oral suspensa, recebendo apenas nutrição pela veia. Após o intestino ficar paralisado na semana anterior, o presidente já apresenta movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação, dizem os médicos.

Por ordem da equipe técnica, as visitas permanecem restritas.

Ele está acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e do filho Carlos Bolsonaro.

Os outros filhos planejam viajar a São Paulo para visitar o pai, segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.

ALTA

O presidente não terá alta do hospital onde está internado antes dos próximos sete dias, segundo o porta-voz.

Em terapia semi-intensiva, ele terá de receber antibióticos ao longo da semana para evitar o quadro de infecção.

Rêgo Barros não descartou a realização de uma nova cirurgia, mas disse que essa possibilidade não é considerada no momento.

O porta-voz também afirmou que a equipe presidencial não considera a possibilidade de um novo afastamento do cargo de presidente. O afastamento só ocorreria em caso de orientação médica.

MOURÃO COMANDA REUNIÃO MINISTERIAL NESTA TERÇA

Na ausência do presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comandará nova reunião ministerial nesta terça-feira, 5.

A pauta é a organização administrativa do Governo Federal. O encontro acontecerá no Palácio do Planalto, a partir das 9 horas.

Inicialmente, Mourão fará um discurso de abertura. Em seguida, será a vez do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tratar do assunto da reunião, seguido pelo ministro da Secretaria-geral, Gustavo Bebianno, e pelo ministro da Secretaria de Governo, Alberto Santos Cruz.

Os demais ministros também terão um espaço para fazer considerações.

Embora não esteja oficialmente na pauta, há expectativa de que questões como reforma da Previdência e o início do ano legislativo serão abordadas.

Mourão, no entanto, negou que a reforma será objeto de discussão e disse que “Previdência é só com o presidente”.

Esta será a segunda reunião ministerial sem a presença de Bolsonaro, que está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, há uma semana.

  

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