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DIA A DIA

Um playboy no BNDES
21/06/2019 - Marcos Strecker - ISTOÉ

O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, 38 anos, nomeado após a saída de Joaquim Levy no domingo, 16, certamente reúne predicados para a função.

Engenheiro formado pelo IME, tem mestrado em economia pelo Ibmec-RJ, foi sócio do BTG Pactual e diretor de operações da antiga Pactual Commodities.

Seu perfil de jovem banqueiro bem-sucedido combina com o de outros escolhidos pelo ministro Paulo Guedes, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da CEF, Pedro Guimarães.


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A nomeação, no entanto, é creditada à notória ligação com os filhos de Bolsonaro.

Amigo pessoal do novo chefão do BNDES, Eduardo Bolsonaro inclusive estava presente num ruidoso episódio que escancara o estilo de vida do presidente recém-nomeado, sempre em concorridas baladas e rodeado por belas mulheres. É aí que pode morar o problema.

Foi em outubro de 2015, quando Montezano envolveu-se em uma briga no edifício em que morava no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo.

Ele desejava comemorar seu aniversário madrugada a dentro, sem ser importunado.

Era a terceira festa de arromba em 80 dias como morador do local.

Repreendido, ele discutiu com o zelador e arrombou portões do edifício.

Câmaras de segurança registraram a confusão.

O condomínio registrou uma queixa-crime e processou o executivo por danos materiais e morais, numa ação em que foi condenado em duas instâncias.

A defesa alegava que era uma reunião com parentes e amigos, e não uma festa.

O juiz, na sentença, foi taxativo: a explicação não convencia.

Em sua defesa, o executivo argumentou que “parece existir um preconceito velado de alguns condôminos contra seu estilo de vida e de seus amigos, o que é inaceitável, principalmente na moderna sociedade brasileira em que vivemos hoje em dia”.

Ao fim, foi fechado um acordo e Montezano teve de desembolsar R$ 28 mil.

O Ministério da Economia informa que o processo já está encerrado, com débitos quitados, mas profissionais experientes do mercado já questionam se o jovem executivo tem estatura para comandar o banco de fomento.

A pergunta que se faz é: escolhido por razões ideológicas, Montezano, afeito a noitadas regadas a festas sem hora para acabar, teria qualificação à altura do imenso desafio que encontrará pela frente?

Além da excelência técnica, essa é uma função que exige grande experiência no trato político com as diferentes esferas de governo, órgãos de controle e com diferentes interesses empresariais.

A saída intempestiva de Levy pegou o mercado de surpresa.

A crise foi motivada pela demora em trazer resultados e pela nomeação de um diretor que havia participado da gestão petista.

“Acho que o diagnóstico está errado. As dificuldades que o Levy enfrentou são da burocracia estatal. O BNDES não é uma fintech, é um transatlântico. Tem regras. São temas tecnicamente desafiadores”, diz Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.

“É uma cortina de fumaça para o que vai mal na economia”, criticou o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente da instituição.

Desafios da gestão

Entre as missões de Montezano estão a devolução ao Tesouro de empréstimos feitos para financiar projetos estimulados nos anos petistas.

Outra cobrança se refere ao estímulo às privatizações.

O novo presidente trabalhava exatamente nessa área, sob a chefia de Salim Mattar, mas o governo Bolsonaro até o momento tem tido grande dificuldade em fazer deslanchar as privatizações.

Parte dos obstáculos se devem a um problema que o próprio Montezano vai enfrentar na gestão do banco.

Há um arcabouço legal e dificuldades burocráticas que dificultam as desestatizações e exigem habilidade e conhecimento da máquina pública.

A venda acelerada de ações de empresas que o banco detém também pode gerar questionamentos legais.

Outra demanda tem a ver com uma promessa de campanha de Bolsonaro: a abertura da “caixa-preta” do BNDES.

Nesse caso, a tarefa também não será trivial.

O próprio Levy já havia iniciado o processo de aumentar a transparência do banco.

Rabello de Castro nega enfaticamente que o BNDES tenha cometido irregularidades.

“Como é que aqueles advogados do banco iriam entrar em conluio para declarar coisas ilegais? Só uma mente estúpida pode falar isso. O banco segue normas do Banco Central, da CVM”, diz.

Apesar de públicos, os dados dos empréstimos ainda geram dúvidas.

Venezuela, Cuba e Moçambique já devem mais de R$ 2 bilhões.

O presidente da CPI do BNDES, Vanderlei Macris (PSDB-SP), diz que já foram identificados US$ 3,3 bilhões em irregularidades, ou 47% do valor das operações auditadas (80% delas).

“Descobrimos que países sem garantia para contratos, como a Venezuela, tiveram seu nível de risco de 7 — o pior do mundo —, modificado para 1, como se fosse igual aos EUA e o Canadá.”

Segundo ele, mesmo com o seguro e o BNDES registrando lucro, o contribuinte paga no final.

Para a CPI, o BNDES foi agente financiador que não avaliava o que estava sendo financiado.

Imagina a festa.

Pelo menos de festa Montezano entende.

As missões de Montezano

1 . “Caixa-preta” Abertura dos dados de empréstimos da era petista a países como Venezuela, Cuba e Moçambique;

2. Devoluções ao Tesouro Acelerar o retorno de recursos emprestados ao banco de fomento nos governos do PT;

3. Privatizações Aumentar investimentos em infraestrutura e apoiar a reestruturação de Estados.

  

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