DIA A DIA

Vistoria em fazendas de gado identificou graves irregularidades
20/03/2008 - Folha Online

As vistorias realizadas pelo Ministério da Agricultura e técnicos da UE (União Européia) identificaram ¨irregularidades graves¨ na cadeia produtiva da carne bovina, principalmente no sistema de rastreabilidade que envolve os frigoríficos e as certificadoras. No entanto, o ministro Reinhold Stephanes acredita que a exportação para a Europa estará normalizada até o final do ano.

Segundo o ministro, algumas das normas acertadas com a União Européia no sistema de rastreabilidade não foram cumpridas. Os erros, afirmou, estariam inclusive no próprio ministério.

O Brasil utiliza o Sisbov (Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos) por exigência da UE, que estabeleceu as regras desse sistema. Já está decidido que será reformulado e promovidas algumas mudanças.


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O ministro lembrou, no entanto, que não foi apenas uma falha no Sisbov que motivou o embargo da carne no mês passado. Ele lembrou que custo de produção brasileira é cerca de um terço do custo europeu, o que atrapalha a concorrência local.

No início do ano, a UE colocou em dúvida esse sistema de rastreabilidade e suspendeu as importações da carne bovina ¨in natura¨ brasileira em 1º de fevereiro. A decisão foi tomada pelo bloco após autoridades européias e brasileiras não conseguirem chegar a um acordo sobre o número de fazendas brasileiras que poderiam receber certificação para vender o produto. As exportações só foram retomadas no dia 27 de fevereiro, mas de apenas uma centena de propriedades.

Stephanes reiterou ainda que em relação à sanidade animal, todos os itens acordados com a UE foram cumpridos integralmente, incluindo a criação de uma zona de segurança na fronteira com o Paraguai.

Suspensão

O Ministério da Agricultura suspendeu a inclusão de novos Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov na base nacional de dados do serviço brasileiro de rastreabilidade.

¨A suspensão da inclusão de novos Eras no Sisbov é uma medida adotada que visa a corrigir as falhas detectadas durante as auditorias realizadas em janeiro deste ano nas propriedades rurais fornecedoras

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