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DIA A DIA

Para presidente do JBS, foi-se o tempo do boi barato no Brasil
17/05/2008 - Roberto Samora - Reuters

O presidente do JBS, Joesley Mendonça Batista, afirmou que a vantagem competitiva do setor de carne bovina do Brasil, onde o custo da matéria-prima costumava ser menor em relação a outros países, é coisa do passado.

O Brasil, com um dos maiores rebanhos do mundo, atravessa um novo ciclo de baixa na oferta de gado, após um período de intenso abate de matrizes, o que está dando sustentação aos preços da arroba do boi.

Somado a isso, segundo ele, há uma maior convergência de margens do setor entre os países, considerando que cada vez mais o negócio é global.


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¨No Brasil, os preços da matéria-prima estão iguais ou mais elevados do que nos Estados Unidos em alguns momentos. E Austrália tem boi mais barato que o Brasil¨, declarou Batista a jornalistas, durante a divulgação de resultados da empresa.

Segundo ele, hoje o Brasil não tem mais aquele boi que custava 20 dólares a arroba. ¨Hoje temos um boi com preços americanos, australianos, o boi brasileiro está perto de 50 dólares (a arroba), o dos EUA está entre 45 e 50 dólares, e na Austrália está entre 35 e 45.¨

Ironicamente, essa vantagem competitiva do Brasil foi um dos principais fatores que permitiu à empresa se tornar uma multinacional do setor, sendo atualmente a maior exportadora do mundo de carne bovina, com vendas previstas este ano em 5 bilhões de dólares, superior até à receita a ser obtida por todas as empresas exportadoras brasileiras em 2008, prevista pelo JBS em 4,5 bilhões de dólares.

Em função dos maiores custos no Brasil, o abate de bovinos do JBS no país, no primeiro trimestre do ano, caiu cerca de 20 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, para 600 mil cabeças.

Essa conjuntura de mercado fez a margem Ebitda das operações do JBS no Mercosul cair para 10,4 por cento no primeiro trimestre de 2008, contra cerca de 15 por cento em 2007.

¨Nós não estaremos mais vivos para ver recuos de preços de alimentos¨, disparou ele, comentando sobre a alta das principais commodities mundiais.

Com relação ao mercado de boi no Brasil, ele só vê algum alívio a partir de 2011, quando o rebanho começará a ser recomposto.

MELHORA DA MARGEM NOS EUA

Por outro lado, a margem Ebitda do JBS EUA (incluindo dados das operações na Austrália), que ainda é bem menor do que a das operações no Mercosul, subiu de -1,4 por cento para 3 por cento no primeiro trimestre.

¨Operamos nos EUA de forma mais racional, com volumes mais adequados à demanda, perdemos em faturamento, mas foi compensado no resultado financeiro¨, declarou ele.

Em função dos maiores custos com matéria-prima em todo o mundo, Batista disse que vê uma tendência de convergência de margem das operações da empresa para entre 5 e 7 por cento.

Uma provável retomada das vendas de carne dos EUA para a Coréia do Sul, esperada para as próximas semanas, após um acordo de governos -- o produto dos EUA enfrenta restrições externas devido à doença da vaca louca --, também deverá elevar ainda mais as margens do JBS EUA, segundo o presidente.

¨Talvez assistamos uma certa mudança na origem da geração de caixa, vamos ver mais nos EUA e na Austrália, talvez tenhamos menos geração de caixa no Mercosul.¨

Câmbio desfavorável pode parar produção na Argentina

O JBS, maior produtor e exportador de carne bovina do mundo, teve prejuízo de 6,6 milhões de reais no primeiro trimestre de 2008, afetado principalmente pela variação cambial sobre investimentos em moeda estrangeira e também devido às perdas decorrentes da proibição das exportações de carnes na Argentina.

Além de Brasil e Argentina, o grupo brasileiro tem unidades nos Estados Unidos, Austrália e na Itália.

¨Hoje, temos 1,5 bilhão de dólares investidos no exterior. A cada 10 centavos que o dólar se movimenta contra o real, isso representa 150 milhões de reais¨, exemplificou a jornalistas o presidente do JBS, Joesley Mendonça Batista.

¨Se o dólar andar 10 centavos negativos, seguramente no próximo trimestre registraremos mais um prejuízo de 150. E o oposto é verdadeiro, se o dólar andar 10 centavos para cima, fechar a 1,80 (real), vamos registrar 150 de lucro¨, acrescentou.

Ele lembrou também que, quando as outras aquisições do JBS nos EUA forem concluídas (National Beef e Smithfield), o investimento externo saltará para 3 bilhões de dólares e o impacto cambial pode dobrar para mais ou menos.

Diante disso, ele declarou ter afirmado em reunião com uma alta autoridade do governo brasileiro que o país não está preparado para ser sede de multinacionais. ¨Toda legislação é estruturada para um país que está sendo comprado.¨

No primeiro trimestre do ano passado, quando ainda não havia operações nem nos EUA nem na Itália (Inalca), o JBS teve lucro de 10,6 milhões de reais, contra prejuízo de 136,1 milhões de reais no quatro trimestre de 2007.

Mas, segundo ele, o problema do veto às exportações da Argentina, onde a empresa tem cinco unidades de produção, também teve impacto direto nos resultados.

A receita líquida na Argentina caiu 37 milhões de reais, em relação ao período anterior, contra um salto da receita de todo o grupo nos primeiros três meses de 1,27 bilhão para 5,85 bilhões de reais, ante o primeiro trimestre de 2007, graças a incorporação das unidades nos Estados Unidos (receita de 4,28 bilhões de reais) e na Itália (304 milhões).

O resultado, no entanto, caiu ante os 6,65 bilhões de reais do quarto trimestre de 2007, também pela variação cambial. O trimestre com uma semana a menos também reduziu o faturamento.

UNIDADES PODEM PARAR NA ARGENTINA

¨Tivemos pontualmente um forte impacto negativo em função das restrições às vendas do governo argentino¨, disse ele.

O presidente do JBS afirmou ainda que a empresa está transferindo boa parte do produto que seria vendido no exterior para o aquecido mercado local argentino, mas salientou que se as restrições aos produtos industrializados (carnes cozidas e enlatadas) prosseguirem, a empresa poderá suspender essa produção, que não encontra demanda internamente.

¨Vamos parar as nossas atividades, porque não temos o que fazer com esses produtos (processados), estamos fazendo algo que não tem cliente¨, disse ele, lembrando que se o governo argentino não permitir exportações nos próximos dias a linha de carnes cozidas e enlatadas será paralisada na segunda-feira.

Se isso ocorrer, haverá uma redução nas vendas do JBS na Argentina de 30 por cento, disse o presidente, lembrando que a empresa terminou o trimestre com 25 milhões de dólares de produtos processados em estoque e com 15 milhões de dólares de carne in natura estocada.

¨Temos dificuldade de prever o que vai acontecer na Argentina¨, disse ele, referindo-se ao país que retém as exportações de carne bovina, um produto básico da população, para tentar controlar a inflação. Essa política está entre os motivos da retomada dos protestos de produtores locais.

Com as proibições nas exportações argentinas, no mesmo momento em que a Europa restringe fortemente as vendas do Brasil, o JBS tem abastecido o mercado europeu através de suas unidades na Austrália.

  

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