DIA A DIA

Após divergências, Minc diz que pretende conversar com Maggi
28/05/2008 - Folha Onine

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que pretende conversar com os governadores da chamada Amazônia Legal -- caso de Blairo Maggi (PR-MT). Os dois já trocaram farpas publicamente sobre a questão do desmatamento.

Ontem, ao tomar posse, Minc disse que tem a disposição de conversar com os governadores da Amazônia -- que reúne os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Maranhão e Amapá.

¨Sou um ´ecoxiita´ contumaz¨, afirmou Minc ontem, definindo-se. ¨Teremos uma boa relação dentro das divergências¨, disse ele, referindo-se à relação que terá com alguns governadores da Amazônia que pensam de forma diferente da sua. ¨Serei respeitoso, mas ser respeitoso não significa concordar com posições diferentes. Sou um ´ecodesenvolvimentista´. Vamos continuar brigando, no bom sentido.¨


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A conversa de Minc com Maggi pode acontecer durante o Fórum de Governadores da Amazônia Legal, previsto para sexta-feira, em Belém (PA). A reunião dos governadores da Amazônia, que será comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Divergências

Blairo disse à Folha que se decepcionou com o novo ministro --que chegou a dizer que o governador, se pudesse, plantaria soja ´até nos Andes´.

¨Ele me decepcionou, de certa forma, porque eu não conheço o Minc. Ele não me conhece, não conhece Mato Grosso e a Amazônia. Portanto, ele não conhece as causas dos problemas amazônicos nem ações que o governo de Mato Grosso e os setores produtivos têm feito para minorar esse problema do desmatamento. E os números mostram que temos tido um ganho substancial nessa questão de 2005 para cá, quando tivemos redução de mais de 70%. Espero que, com o tempo e as oportunidades que ele terá de vir à região, a gente possa se conhecer.¨

Antes de tomar posse, Minc fez críticas indiretas a Blairo. ¨O Inpe vai divulgar uma nova estatística de desmatamento de terra. (...) Vai ser um dado ruim, vai ser um dado de aumento. E, para variar, mais de 60% em qual Estado? Quem sabe? Mato Grosso.¨

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