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DIA A DIA

Frutos da imigração
21/06/2008 - O Estado de S.Paulo

Muitos frutos do trabalho dos imigrantes japoneses no Brasil incorporaram-se de tal modo aos hábitos e costumes da sociedade brasileira que talvez poucos se lembrem de sua origem. Variedades de hortaliças e de frutas que eram desconhecidas no País na primeira metade do século passado se tornaram habituais, graças ao trabalho desses imigrantes. Este é apenas um dos muitos exemplos da influência japonesa que a sociedade brasileira absorveu naturalmente.

Ao mesmo tempo que, com seu trabalho, contribuíram para o progresso do Brasil e se integraram à sociedade local, esses imigrantes procuraram manter seus hábitos, seu idioma, sua cultura, sua identidade nacional. Essa integração, com a preservação dos valores próprios, é uma das marcas mais fortes da imigração japonesa, cujo centenário se celebra agora.

Foi no dia 18 de junho de 1908 que o navio Kasato Maru atracou no Porto de Santos, trazendo os primeiros 781 imigrantes japoneses para trabalhar nas fazendas de café no Estado de São Paulo. A presença do príncipe herdeiro Naruhito em muitas das comemorações do centenário da imigração - a mais importante das quais o desfile em carro aberto no Sambódromo do Anhembi, diante de mais de 25 mil pessoas - é o reconhecimento, pela Casa Imperial japonesa, do papel que os japoneses e seus descendentes desempenharam no Brasil nesses cem anos.


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Não foram poucas as dificuldades que os primeiros imigrantes enfrentaram no Brasil, por causa das diferenças culturais e do idioma, como lembrou o príncipe na solenidade de lançamento da moeda e do selo comemorativos dos cem anos da imigração, realizada no Palácio do Planalto. A presença de japoneses e seus descendentes em praticamente todos os campos de atividade é o sinal mais evidente da superação dos problemas mencionados pelo príncipe herdeiro e a demonstração mais clara de sua definitiva integração na vida brasileira, da qual participam ativamente.

Hoje, os japoneses e seus descendentes no Brasil somam cerca de 1,5 milhão de pessoas. É a maior comunidade nikkei - expressão que designa os japoneses e seus descendentes - fora do Japão. Como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao príncipe Naruhito, ¨os japoneses que aqui chegaram com esperança no futuro ajudaram a construir o Brasil¨.

A vinda do príncipe herdeiro, como observou ao Estado o embaixador japonês no Brasil, Ken Shimanouchi, além de homenagear os imigrantes e representar o agradecimento à sociedade brasileira pela acolhida dada a eles, cria ¨uma oportunidade ímpar para se refletir sobre o intercâmbio entre o Brasil e o Japão¨.

Esse intercâmbio não tem mais a intensidade que teve há três décadas. Os números das trocas comerciais entre os dois países são expressivos - em 2007, as exportações brasileiras para o Japão somaram US$ 4,3 bilhões e as japonesas para o Brasil, US$ 4,6 bilhões -, mas poderiam ser melhores. Soja, minério de ferro, suco de laranja e café são os produtos brasileiros mais vendidos ao Japão.

Para os empresários japoneses, o Brasil continua sendo um grande fornecedor de produtos primários. Mas o Brasil pode ser muito mais do que isso. Pode ser parceiro importante em outras áreas. Poucos dirigentes empresariais japoneses sabem, por exemplo, que o Brasil é um grande exportador de aviões.

Oportunidades existem para o estreitamento das relações comerciais e econômicas entre os dois países. O desenvolvimento do sistema de TV digital com tecnologia japonesa foi a parceria mais importante dos últimos anos. Mas há outras áreas em que essa parceria pode prosperar. O presidente Lula citou as oportunidades de investimentos no Brasil em áreas como infra-estrutura, siderurgia, eletroeletrônica e indústria automobilística.

Recentemente, empresários paulistas estiveram no Japão para apresentar o potencial exportador do Brasil também de produtos industrializados. O governo japonês, de sua parte, procura estimular investimentos diretos brasileiros no país. A Petrobrás detém 87,5% do capital da refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa. Mas há muitas outras áreas que podem ser exploradas pelas empresas brasileiras no Japão.

  

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