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Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

DIA A DIA

Construtoras querem importar cimento
25/09/2008 - Agnaldo Brito - Folha de S.Paulo

O SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) pediu às cimenteiras brasileiras a importação imediata de cimento para a normalização do abastecimento no maior mercado do país.

Na semana passada, a parada da unidade Itaú de Minas (MG), controlada pela Votorantim -- a maior fornecedora do país --, provocou desabastecimento em São Paulo e uma súbita elevação dos preços.

A Votorantim informou, em nota, que a unidade retomou a produção na segunda-feira e que o abastecimento estaria regularizado em até uma semana.


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Sem estoque e com alta demanda, o fornecimento ficou irregular nas últimas semanas e mostra-se vulnerável a qualquer problema no parque industrial. Sérgio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, diz que a crise no abastecimento já ameaça obras no Estado.

¨Ninguém faz estoque de cimento. Então o abastecimento deve ser permanente. Pedimos à indústria que, se não houver garantia para o fornecimento normal, que sejam feitas importações emergenciais. A situação é urgente¨, afirmou.

O forte aumento da demanda pegou a indústria despreparada. Segundo José Otávio Carvalho, secretário-executivo do Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento), as cimenteiras operam a plena carga e os investimentos já anunciados não conseguirão ampliar a oferta em prazos muito curtos.

¨Uma unidade média demora entre três e cinco anos para ficar pronta e custa US$ 250 milhões. Não é uma indústria de fundo de quintal, é um negócio que precisa ser muito bem planejado¨, diz Carvalho.

Segundo ele, a importação é uma opção das cimenteiras, mas não é uma operação trivial, seja do ponto de vista logístico, seja em termos de custo ou de reserva de capacidade para atender o mercado brasileiro.

Além da falta do produto, as construtoras temem o efeito sobre os custos dos contratos. O cimento foi o item com maior reajuste de preço nos últimos 12 meses terminados em agosto.

Segundo levantamento do SindusCon-SP, o aumento atingiu 28,7% no período, seguido do concreto usinado, que teve reajuste de 28,4%.

O alerta já foi dado ao governo federal. A assessoria da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pediu informações ao SindusCon-SP sobre a atual situação do abastecimento e dos preços.

  

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