DIA A DIA

Bovespa abre em queda de 3,31% e dólar bate R$ 2,34
22/10/2008 - Folha Online

Os efeitos da crise financeira sobre os balanços de grandes empresas é o novo fator de estresse para os mercados financeiros nesta quarta-feira. Acompanhando de perto o mau humor global, as ações brasileiras desvalorizam logo nas primeiras operações, enquanto o câmbio dispara e alcança R$ 2,34.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, sofre queda de 3,31%, para os 37.752 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 1,01%.

Em Nova York (Nymex), o barril de petróleo é cotado abaixo de US$ 70, o que pode influenciar o mercado brasileiro de ações.


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O dólar comercial é negociado a R$ 2,346 na venda, com avanço de 5,24% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 568 pontos, número 5,57% acima da pontuação anterior.

As Bolsas asiáticas foram os primeiros mercados a serem atingidos diretamente pelos maus resultados de empresas já divulgados. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão 6,79% mais baixo, enquanto o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, cedeu 5,15% no fechamento.

Na Europa, a Bolsa de Londres amarga perdas de 3,16%, enquanto o mercado de Paris recua 4,08% e a Bolsa de Frankfurt retrocede 3,84%.

Ontem à noite, o portal Yahoo! revelou um lucro líquido de US$ 54,34 milhões no terceiro trimestre, número 64% abaixo dos ganhos registrados no mesmo período em 2007.

E hoje, o banco Wachovia anunciou um prejuízo de US$ 23,9 bilhões no terceiro trimestre. Segundo agências internacionais, trata-se da maior perda já registrada por uma instituição financeira desde o início da crise dos créditos ¨subprime¨.

No front doméstico, o governo lançou mais uma medida para enfrentar os possíveis desdobramentos da crise global sobre a economia brasileira: a autorização para o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal adquirirem participações em instituições financeiras no país sem passar por um processo de licitação.

A medida é semelhante à adotada pela Inglaterra, onde o primeiro-ministro Gordon Brown permitiu o uso de recursos públicos para a compra de ações de instituições financeiras ¨vitimadas¨ pela crise financeira.

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