Bolsas na Europa operam em baixa. Tóquio perde 5% 31/10/2008
- Folha Online
As Bolsas européias operam em baixa nesta sexta-feira, após os ganhos registrados nos pregões dos últimos dias. Os investidores viram com pessimismo os alertas sobre resultados fracos do grupo britânico de telecomunicações BT Group e da fabricante francesa de cosméticos L´Oreal. Na Ásia, no entanto, o dia foi de perdas.
Às 8h08 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 1,35% no índice FTSE 100, indo para 4.233,83 pontos; a Bolsa de Paris caía 1,95% no índice CAC 40, indo para 3.341,24 pontos; a Bolsa de Frankfurt caía 0,29%, indo para 4.855,27 pontos; a Bolsa de Milão tinha baixa de 0,80% no índice MIBTel, que ia para 15.962 pontos; e a Bolsa de Amsterdã caía 0,97% no índice AEX General, que estava com 255,14 pontos. A Bolsa de Zurique, no entanto, era a exceção, operando em alta de 0,90%, com 5.895,21 pontos no índice Swiss Market.
As ações da BT caíam 19,1% e as da L´Oreal, 10,2%. A L´Oreal comunicou que vai fechar duas fábricas: uma em Mônaco e outra no Reino Unido. A empresa anunciou ontem também que suas vendas tiveram uma queda no terceiro trimestre e que irá revisar suas metas para este ano para baixo.
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Apesar disso, as ações dos bancos tinham desempenho positivo: os papéis do Barclays subiam 7,1% depois de anunciar que recorrerá a investidores do Golfo Pérsico para realizar uma ampliação de capital de até 7,3 bilhões de libras. O banco ainda informou que o lucro antes dos impostos referente aos nove primeiros meses do ano ficou ligeiramente acima do esperado.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou com forte queda após o corte de juros promovido pelo Banco do Japão (BC do país). O banco reduziu de 0,50% para 0,30% sua taxa de juros, mas a expectativa era por um corte maior. Após a decisão, o mercado afundou 5,01% e encerrou o pior mês da história da Bolsa japonesa. Em outubro, a Bolsa acumulou uma queda de 24%, a maior desde 1950, segundo a agência Thomsom Reuters.
As demais Bolsas da região mantiveram tendências variadas com o ânimo de parte dos investidores com o fato de o PIB (Produto Interno Bruto) americano ter recuado menos que o esperado pelos analistas; a Coréia do Sul, teve alta de 2,61%; e a Indonésia, de 5,66%; já a Bolsa de Xangai (China) recuou 1,97% e a de Hong Kong, 2,52%. A Bolsa de Sydney (Austrália) subiu 0,64%.
Nos EUA, a retração menor que a esperada do PIB animou os investidores. O Dow Jones Industrial Average (DJIA), principal índice da Bolsa de Nova York, avançou 2,11%, aos 9.180,69 pontos. O índice tecnológico Nasdaq ganhou 2,49%, para 1.698,52 pontos e o S&P 500, 2,58%, para 954,09 pontos. O PIB (Produto Interno Bruto) do país teve retração de 0,3% no trimestre passado, contra a expectativa de uma retração de 0,5%.
O Federal Reserve (Fed, o BC americano) reduzir nesta semana sua taxa de juros para 1% ao ano, nível visto pela última vez em maio de 2004. O banco já havia reduzido no último dia 8 de 2% para 1,5%, em uma medida emergencial, em coordenação com outros BCs, para conter o avanço da crise financeira. Com juros menores, o custo de empréstimos pode também ficar menor e o crédito poderia ir aos poucos voltando ao normal.
Na Europa, as ações do grupo farmacêutico francês Sanofi-Aventis subiam 1,6%, após anunciar que as vendas tiveram um declínio e os lucros ficaram praticamente sem avanço no trimestre passado.