DIA A DIA

Dólar fecha a R$ 2,20, apesar do BC e Bolsa amarga perdas de 5,75%
06/11/2008 - Folha Online

O Banco Central entrou três vezes no mercado de câmbio para restringir as oscilações da taxa de câmbio em um dia bastante nervoso nos mercados financeiros. O dólar comercial foi cotado a R$ 2,205 para venda, nas últimas operações desta quinta-feira. O valor representa um forte acréscimo de 4,05% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,310, número 2,66% mais alto que a taxa de quarta.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) despenca 5,75% (pelo índice Ibovespa) e marca 35.614 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,96 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York desaba 4,87%.

Os preços da moeda americana oscilaram bruscamente na jornada de hoje, entre o valor mínimo de R$ 2,121 e o máximo de R$ 2,224. Pela manhã, a decisão do Banco da Inglaterra de cortar agressivamente a taxa básica de juros local --de 4,5% ao ano para 3%-- acendeu o sinal amarelo para uma recessão no Reino Unido.


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Pouco tempo depois, o governo americano divulgou outra notícia que estragou o humor dos agentes financeiros, ao revelar que o contingente de americanos recebendo os benefícios do seguro-desemprego é o mais alto em 25 anos. Amanhã, o governo volta a publicar novos números sobre o mercado de trabalho local.

Em um ambiente de estresse, o Banco Central brasileiro voltou a agir agressivamente. Às 11h50, promoveu o primeiro de leilão de venda de dólares no dia. O BC não informa a quantia negociada nessa operação. A taxa de corte aceita foi de R$ 2,1460. Pouco depois, às 12h45, a autoridade monetária realizou um leilão de ¨swap¨ cambial, previsto desde ontem. Os bancos tomaram US$ 427 milhões desses contratos, que oferecem proteção contra as oscilações do câmbio e tendem a amenizar a pressão sobre os preços da moeda.

E finalmente, às 15h30, o BC voltou à carga, realizando novo leilão de venda de dólares, em que aceitou ofertas por R$ 2,2015 (a taxa de corte).

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