DIA A DIA

Bolsa recupera parte das perdas e fecha com forte alta de 9,40%
24/11/2008 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recuperou boa parte das perdas da semana passada. Os investidores voltaram às compras com a injeção bilionária no Citigroup e a definição da equipe econômica do próximo presidente dos EUA, Barack Obama. O câmbio teve sua queda mais acentuada desde 13 de outubro e voltou para R$ 2,32.

Na semana passada, a Bovespa amargou desvalorização de 13,2% em cinco pregões consecutivos de queda.

¨O mercado fez uma espécie de ajuste inverso ao ocorrido na sexta-feira, quando precisou se adequar ao feriado [de quinta-feira]. Quando as Bolsas americanas dispararam na semana passada, a Bovespa já fechado com uma forte baixa de 6,45%. Também contribuiu para a disparada de hoje o fato das ações estarem realmente muito depreciadas¨, comenta Marco Aurélio Etchegoyen, operador da corretora gaúcha Diferencial.


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O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, teve ganho de 9,40% e atingiu os 34.188 pontos no fechamento. O giro financeiro foi de R$ 3,6 bilhões, ainda abaixo da média do ano (R$ 5,7 bilhões/dia).

Nos EUA, onde a Bolsa de Nova York ainda opera, o ganho é de 5,74%, bem cima da oscilação normal verificada em Wall Street.

O dólar comercial foi vendido por R$ 2,325, o que representa um recuo de 5,41% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 581 pontos, número 10,7% acima da pontuação anterior.

Os investidores tiveram um momento de alívio, após uma semana carregada de más notícias, em que algumas das maiores economias mundiais admitiram que já entraram ou estão em vias de entrar numa recessão. Os indicadores econômicos dos EUA também não animaram os economistas, ao revelar que o país mais rico do planeta caiu em uma deflação no mês de outubro.

Hoje, os participantes do mercado financeiro repercutiram duas notícias consideradas bastante favoráveis. Primeiro, a aplicação de US$ 20 bilhões de dinheiro público no Citigroup, o que abre caminho para a possível venda do grupo financeiro, um dos mais avariados pela crise dos créditos ¨subprime¨; segundo, a definição dos nomes que devem enfrentar a crise financeira ao lado de Barack Obama, com especial destaque para Timothy Geithner, que deve ser o sucessor de Henry Paulson no Tesouro dos EUA, um dos postos chaves.

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