Dólar fecha a R$ 2,37; Bovespa recua 1,95% em dia nervoso 20/01/2009
- Folha Online
O dólar comercial foi cotado a R$ 2,372 nas últimas operações desta terça-feira. O valor representa um avanço de 1,71% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,520, alta de 1,61%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra queda de 1,95%, aos 38.072 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 2,12 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York desvaloriza 2,03%.
O Banco Central vendeu moeda às 15h23 e aceitou ofertas por R$ 2,3578 (taxa de corte). A autoridade monetária também realizou um leilão de contratos de "swap" cambial, em que assume o risco da variação do dólar, oferecendo 54 mil contratos, com prazos de vencimentos em abril de 2009, outubro de 2009 e abril de 2010. Os agentes financeiros tomaram pouco mais de 48 mil desses contratos, numa operação de US$ 2,45 bilhões.
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O mercado deixou para trás o relativo otimismo dos primeiros dias do ano para se render à preocupação com as perspectivas da economia global. O início da temporada de balanços, que devem mostrar o estrago da crise mundial nos resultados do trimestre passado, também deixam o mercado tenso.
A posse de Barack Obama como novo presidente dos EUA não foi suficiente para melhorar os ânimos dos agentes financeiros, como sinaliza a própria Bolsa de Valores americana, em forte queda, acompanhada de perto pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O dólar refletiu esse ambiente de nervosismo, mantendo-se pressionado durante boa parte do dia, oscilando entre R$ 2,378 e R$ 2,347 nesta terça-feira.
Juros futuros
O mercado de juros na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), que serve de referência para as tesourarias de bancos, voltou a rebaixar as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011, na véspera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária).
O Comitê anuncia amanhã a nova taxa básica de juros do país --hoje em 13,75% ao ano. Projeções do setor financeiro variam entre um corte de 0,50 ou 0,75 ponto percentual. "A forte desaceleração na atividade (...) bem como resultados mais favoráveis da inflação na margem --com destaque a para a deflação dos preços por atacado- parecem justificar um corte inicial na taxa Selic acima do que se imaginava inicialmente", avalia Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia, que espera um corte de 0,75 ponto.
No contrato com vencimento em março de 2009, a taxa projetada cedeu de 12,90% ao ano para 12,85%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada caiu de 11,36% para 11,24% e no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista recuou de 11,45% para 11,27%.