DIA A DIA

Bovespa ganha 0,49% nos primeiros negócios; dólar mantém R$ 2,33
22/01/2009 - Folha Online

As ações brasileiras ganham preço desde os primeiros negócios desta quinta-feira. O mercado reage bem à decisão surpreendente do Copom (Comitê de Política Monetária), que ontem à noite decidiu por ajustar a taxa Selic para 12,75% ao ano. A bateria de indicadores econômicos que devem ser divulgados nas próximas horas, no entanto, podem reverter esse bom humor, ressaltam analistas. O câmbio se mantém a R$ 2,33.

Economistas do setor financeiro apontam que os investidores nos mercados externos continuam bastante pessimistas, principalmente em vista os últimos indicadores sobre a economia da Europa, Ásia e dos EUA. E avaliam que somente as expectativas sobre as próximas medidas da gestão Barack Obama evitam uma onda de aversão ao risco ainda maior.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ascende 0,49% e marca 38.730 pontos. Ontem, a Bolsa fechou com forte alta de 3,41%.


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O dólar comercial é vendido por R$ 2,332, o que significa um decréscimo de 0,85% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 444 pontos, número 1,13% acima da pontuação anterior.

As Bolsas asiáticas encerraram os negócios de hoje com ações mais valorizadas, refletindo expectativas de novas medidas nos EUA para deter a crise global. Em Tóquio, a Bolsa de Valores fechou em alta de 1,9%, enquanto o mercado de Hong Kong subiu 1,8%. Na Europa, a Bolsa de Londres ganha 1,14% enquanto em Frankfurt valoriza 1,40%.

Entre as principais notícias do dia, o governo chinês divulgou que país cresceu 9% em 2008, a menor taxa desde 2001. O número é resultado direto da crise econômica mundial. Pelas previsões do Bird (Banco Mundial), a economia chinesa deverá crescer ainda menos em 2009 (7,5%).

O BCE (Banco Central Europeu) alertou hoje que "a demanda global e da zona do euro vão cair durante um período de tempo prolongado".

Nos EUA, o governo revela nas próximas horas os últimos números sobre o setor imobiliário (construção de casas e emissão de licenças), as reservas de petróleo e derivados bem como a demanda pelos benefícios do seguro-desemprego.

No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a taxa de desemprego do país atingiu 7,9% em 2008, o menor da série iniciada em 2002.

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