Bolsa ganha 0,66% nas primeiras operações; dólar cai para R$ 2,39 04/03/2009
- Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra ganhos minutos após a abertura das operações desta quarta-feira. Embora o clima de bastante cautela permaneça, alguns analistas esperam uma jornada de valorização das ações, dado o relativo otimismo com a economia asiática e a alta dos preços das commodities (matérias-primas). O câmbio desce para R$ 2,39.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, ganha 0,66% e marca os 36.706 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 0,64%.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,397, o que significa um declínio de 0,58% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 428 pontos, número 3,02% abaixo da pontuação anterior.
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As Bolsas asiáticas tiveram um momento de recuperação nesta quarta-feira, sob expectativas de que as maiores economias da região -- China e Japão -- redobrarão os esforços para enfrentar a crise global. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,8% enquanto o índice Hang Seng, do mercado de Hong Kong, valorizou 2,5%. Na Europa, a Bolsa de Londres avança 1,59% enquanto a Bolsa de Frankfurt ascende 2,68%.
Vem da China uma das poucas notícias positivas da semana, que anima os investidores e têm reflexos sobre os preços das commodities: o nível de atividade do setor manufatureiro subiu em fevereiro, conforme leitura do indicador PMI, calculado pela Federação de Compras e Logística da China. O mercado também espera novidades com o início dos trabalhos legislativos no país, com o possível anúncio de um pacote fiscal.
As notícias não são tão boas na Europa, onde caiu o nível de atividade do setor de serviços na zona do euro, segundo leitura da empresa de pesquisas Markit. Os piores resultados foram verificados na Alemanha, França, Itália e Espanha, algumas das economias mais poderosas do continente.
E a consultoria de recursos humanos ADP Employer Services reportou que o setor privado da economia americana perdeu 697 mil empregos em fevereiro. O dado antecipa o muito esperado boletim oficial do Departamento de Trabalho dos EUA, com dados sobre a geração e destruição de vagas e a taxa de desemprego, previsto para sexta-feira.
EUA
O mercado aguarda para as próximas horas mais uma série de indicadores importantes da economia americana. Um dos principais destaques é o notório "Livro Bege", documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e que aponta as tendências para os próximos meses. O relatório deve ser divulgado após as 16h (hora de Brasília).
Algumas horas antes, às 12h, o mercado monitora o índice ISM, desta vez relativo ao nível de atividade no setor de serviços, que responde por boa parte da economia americana. Pouco depois, o Departamento de Energia dos EUA atualiza seu boletim semanal sobre as reservas de petróleo e derivados do país, dado sempre influente na formação de preços dessa commodity.