DIA A DIA

Bolsa recua 1,24% nos primeiros negócios; dólar marca R$ 2,26
24/03/2009 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra perdas desde os primeiros negócios desta terça-feira. Analistas estimam que hoje o mercado pode revisar o entusiasmo de ontem com pacote americano para sanear os bancos dos chamados "ativos tóxicos" (créditos problemáticos). O câmbio atinge R$ 2,26.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 1,24%, aos 41.913 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 5,89%, a segunda maior do ano.

O dólar comercial é vendido por R$ 2,265, o que representa um incremento de 0,84% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 409 pontos, número estável sobre a pontuação anterior.


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As principais Bolsas asiáticas concluíram os negócios em alta, ainda repercutindo a euforia de ontem com as medidas americanas. Em Tóquio, a Bolsa fechou em alta de 3,3%, enquanto o mercado de Hong Kong valorizou 3,44%. Na Europa, a Bolsa londrina cai 1,26% enquanto a Bolsa de Frankfurt sobe 0,31%.

Ontem, o Tesouro dos EUA revelou que deve usar US$ 500 bilhões para tirar dos bancos os créditos podres, que travam a circulação de recursos para consumidores e empresas. Também informou que vai realizar leilões entre investidores privados para tentar colocar um preço por esses papéis, esclarecendo uma principais dúvidas instaladas no mercado sobre o plano do governo para enfrentar o problema.

As medidas foram bem recebidas pelo mercado financeiro. Analistas ressaltaram que o governo americano realmente ofereceu garantias interessantes, que devem atrair investidores privados para os leilões.

A agenda econômica de hoje está relativamente esvaziada no plano externo, com destaque para os discursos de Ben Bernanke (Federal Reserve) e Tim Geithner (Tesouro dos EUA). No cenário doméstico, o Banco Central divulga alguns números sobre a dívida pública mobiliária.

Ontem à noite, a Perdigão anunciou que teve lucro de R$ 54,4 milhões no ano passado, um decréscimo de 83% na comparação com o exercício anterior. O balanço de 2008 sofreu os impactos da oscilação do câmbio.

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