DIA A DIA

Diretor do Emílio Ribas afirma que novos casos podem ser confirmados
08/05/2009 - Folha Online

Segundo o infectologista David Uip, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, a confirmação de novos casos de gripe suína no Estado de São Paulo é uma questão de tempo. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, cinco pessoas permanecem classificadas como suspeitas e outras sete estão sendo monitoradas.

Nesta quinta-feira o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou quatro casos de gripe suína -- a gripe A (H1N1) -- no Brasil. Há casos em três Estados: São Paulo (2), Rio (1) e Minas (1). Os pacientes são adultos e passam bem, afirmou o ministro. Todos contraíram a doença no exterior -- três estiveram no México e um, nos Estados Unidos. O Brasil tem outros 15 casos suspeitos.

Uip afirmou que antes mesmo do uso dos kits havia uma forte suspeita de que o caso poderia ser enquadrado em gripe suína. Isso foi possível, segundo ele, devido ao diagnóstico epidemiológico e laboratorial que descartou outros tipos de Influenza conhecidos.


PUBLICIDADE


Segundo ele, todos os pacientes com suspeita de terem contraído a doença e também os monitorados vieram de países que apresentaram casos confirmados. As pessoas que tiveram contato com eles foram diagnosticadas e os exames deram negativo.

Uip afirmou que aguarda o resultado dos exames de outras amostras. Por ora, segundo o médico, não é possível afirmar que exista a circulação do vírus no Estado de São Paulo a partir dos resultados obtidos até agora. Entretanto, ele não descarta que isso possa vir a acontecer.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã de hoje que, apesar dos quatro casos confirmados de gripe suína no Brasil, "a situação está tranquila".

Da base aérea de Brasília, onde concedeu entrevista com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, Lula disse que o Brasil continuará cumprindo todas as determinações da OMS (Organização Mundial da Saúde). "Vamos continuar com a vigilância que deu certo nos aeroportos brasileiros", disse.

Classificações

São consideradas suspeitas de ter a doença pessoas que tiverem febre alta repentina (acima de 38ºC) e tosse. Também podem estar acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações ou dificuldade respiratória.

Além disso, o paciente deve ter apresentado os sintomas até dez dias depois de sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1) ou ter tido contato próximo, nos últimos dez dias, com uma pessoa classificada como caso suspeito de contaminação.

São monitoradas pessoas que chegaram de países afetados, com febre não medida e tosse. De acordo com o ministério, o paciente também pode apresentar um dos sintomas apontados na definição de caso suspeito.

Também são monitorados viajantes procedentes de voos internacionais, nos últimos dias dias, de países não afetados pela doença e que apresentaram sintomas conforme definição de caso suspeito.

Compartilhe: