Bovespa fecha em alta de 0,49%, com dólar cotado a R$ 2,226 25/05/2009
- Folha Online
Os investidores optaram por ficar de fora do mercado de ações nesta segunda-feira, sem sua principal referência externa (Wall Street). A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) movimentou bem menos que a metade de seu volume habitual de negócios, com recuperação somente modesta dos preços de ações. O mercado de câmbio também teve um dia "morno" e manteve a taxa de R$ 2,02 pelo dólar.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, teve alta de 0,49% no fechamento, batendo os 50.816 pontos. O giro financeiro foi de R$ 1,54 bilhão, ante uma média de R$ 5,51 bilhões/dia neste mês (até o pregão do dia 22).
O dólar comercial foi vendido por R$ 2,026, em leve baixa de 0,04% sobre a cotação de sexta-feira.
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Na madrugada de hoje, a Coreia do Norte anunciou que realizou 'com sucesso' um teste nuclear subterrâneo e comunica que deve realizar pelo menos mais três lançamentos de mísseis. Em abril, as Nações Unidas já haviam condenado o lançamento de um foguete de longo alcance pela Coreia e o anúncio de hoje provocou comoção mundial, principalmente do país vizinho, a Coreia do Sul.
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria do bancos piorou suas projeções de crescimento econômico deste ano: em vez de uma contração do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,49%, boa parte das estimativas aponta para uma queda de 0,53%.
A FGV (Fundação Getulio Vargas) revelou que o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) teve alta de 1,3% em maio, o terceiro mês consecutivo de recuperação. A sondagem aponta, no entanto, que a confiança do consumidor brasileiro na economia local ainda está abaixo do patamar registrado em setembro de 2008, mês que marca o início da pior fase da crise mundial.
Perspectivas
Levantamento da Ativa Corretora revelou que o lucro somado das empresas brasileiras de capital aberto foi 26% menor na comparação dos resultados do primeiro trimestre de 2009 com o mesmo período de 2008. Excluindo os números de Petrobras e Vale do Rio Doce, a queda é ainda maior: 41%.
O departamento de pesquisa econômica da Ativa considera que os balanços do segundo trimestre ainda devem revelar números desfavoráveis na comparação com o mesmo período de 2008. Devem ser melhores, no entanto, se considerado o primeiro trimestre do ano.
"A sinalização das empresas é de aumento no nível de produção e vendas, em especial nos setores ligados às commodities [matérias-primas] destinadas ao mercado asiático, nos setores que receberam incentivo fiscal e no varejo com tíquete médio baixo", avalia a equipe de economistas da Ativa.
Os analistas da corretora chamaram a atenção de que ainda há muita incerteza sobre o ritmo de recuperação dos resultados das empresas, o que pode frustrar os investidores, e analistas, mais otimistas.
"Não podemos esquecer o aumento esperado do nível de desemprego, e consequentemente na queda da renda. A percepção da nossa área macroeconômica é de que teremos uma recuperação lenta e gradual", acrescenta a equipe de economistas da corretora.