DIA A DIA

Bovespa volta a anular perdas de pior fase da crise; dólar vale R$ 2,01
27/05/2009 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) descola dos EUA, sua principal influência externa, e prossegue com forte recuperação, puxada pelos papéis de Petrobras, Vale e siderúrgicas. A cotação do dólar já oscilou abaixo de R$ 2,00 pela manhã, mas já desacelerou a ritmo de queda. Nos EUA, as dificuldades da GM não animam os investidores. No front doméstico, o estoque de crédito atingiu valor recorde, puxado pelo consumo interno.

O termômetro da Bolsa, o índice Ibovespa, sobe 1,39% e atinge os 52.559 pontos. Nesse patamar, o índice já está acima do valor registrado em 12 de setembro de 2008 (52.392 pontos), data do pregão anterior à quebra do banco Lehman Brothers, episódio que marca o aprofundamento da atual crise econômica global. O giro financeiro é de R$ 1,65 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 0,47%.

O dólar comercial é negociado por R$ 2,016, em leve baixa de 0,09% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 287 pontos, número 0,69% abaixo da pontuação anterior.


PUBLICIDADE


Entre as principais notícias do dia, o Banco Central informou que o estoque de dinheiro emprestado atingiu o número histórico de R$ 1,24 trilhão em abril, alavancado principalmente pela concessão de empréstimos para consumo pessoal. Por outro lado, a taxa de inadimplência bateu o maior nível dos últimos oito anos.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelou que a taxa de desemprego do país subiu para 15,3% em abril ante 15,1% em março. A pesquisa abrange as seis principais regiões metropolitanas do país.

Nos EUA, a montadora GM (General Motors) confirmou hoje que falhou nas negociações com credores para trocar dívidas por ações, operação que poderia dar novo fôlego financeiro para a empresa, à beira da concordata.

Já a influente NABE (Associação Nacional de Economistas de Empresas dos Estados Unidos) apontou que a recessão nos EUA pode encerrar no terceiro trimestre deste ano, segundo a maioria (74%) dos economistas ouvidos. Outra parcela de 19% de economistas acha que a recessão pode encerrar no quarto trimestre.

Compartilhe: