DIA A DIA

Após divisão da F-1, FIA anuncia amanhã equipes para 2010
19/06/2009 - Folha Online

Um dia após a Fota (associação das escuderias) informar que dará início aos preparativos para a criação de uma categoria independente, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou nesta sexta-feira que irá divulgar no sábado a lista definitiva de inscritos para a próxima temporada da F-1.

Dos 13 times relacionados para o Mundial do ano que vem, oito romperam com a FIA na noite de quinta, quando a Fota publicou um comunicado com a decisão de criar uma competição paralela.

O documento foi assinado por Ferrari, McLaren, BMW, Brawn GP, Renault, Red Bull, Toro Rosso e Toyota. Apenas as remanescentes Williams e Force India, além das novatas Campos, Manor e US F-1 continuam do lado da "velha F-1".


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O principal ponto de discórdia entre as escuderias e a entidade que dirige o esporte é a criação de um teto orçamentário de R$ 129 milhões para 2010. Além de considerar o valor muito baixo, a Fota teme a maneira como isso seria fiscalizado.

A entidade que representa as equipes também não se conforma com o fato de o Mundial passar a ter dois regulamentos distintos, já que os times que aderirem ao teto se beneficiarão de liberdades técnicas bem maiores que os outros.

Os times interessados em participar da F-1 no próximo ano têm até esta sexta para confirmarem suas inscrições incondicionais, ou seja, respeitando o regulamento imposto pela FIA.

O chefe executivo da Brawn, equipe líder do Mundial deste ano, Nick Fry, disse que espera que as negociações entre as escuderias e a FIA continuem e que a decisão sobre o futuro da F-1 depende de uma mudança de postura do presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Max Mosley.

"Espero que as negociações continuem. A bola está com a corte do Max e ele tem que anunciar os participantes do campeonato. Vamos ver o que vai acontecer", disse o dirigente do time de Jenson Button e Rubens Barrichello.

O chefe da Red Bull, Christian Horner, mostrou menos entusiasmo sobre a possibilidade de uma reconciliação. Para ele, as duas partes já abriram mão de tudo que julgavam que poderiam ceder.

"São posições difíceis para os dois lados. Os times sentem que foram o mais longe possível, e a FIA acredita no mesmo. Nós acabamos chegando em uma situação em que a solução não foi encontrada."

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