A expectativa de uma forte entrada de dólares por conta da operação da Visanet contribuiu para derrubar os preços da moeda americana durante a maior parte da sessão desta quarta-feira. Um repique fez com que a cotação encerrasse 0,15% mais alta na comparação com ontem, a R$ 1,985. As taxas oscilaram entre R$ 1,99 e R$ 1,96. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 2,090, em baixa de 0,47%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 0,44%, aos 49.594 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 4,82 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 0,38%.

O Banco Central comprou moeda por volta do meio-dia, aceitando ofertas por R$ 1,9635 (taxa de corte), sem operadores vissem maior influência sobre a formação das taxas de câmbio.


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Profissionais de mercado estimavam um montante de pelo menos US$ 2 bilhões de participação estrangeira no lançamento de ações da Visanet, dentro de uma operação total avaliada em R$ 9,7 bilhões. Havia dúvidas nas mesas de operações, no entanto, se esse suposto montante de dólares já teria migrado para o mercado doméstico.

"O fluxo de saída está bem significativo. Na Bolsa de Valores, tem investidor 'caçando' notícia ruim como desculpa para fazer realização de lucro [venda de papéis valorizados]", avalia Marcos Trabold, da corretora de câmbio B&T."Enquanto não houver uma notícia realmente significativa, o dólar deve continuar próximo dos R$ 2 por enquanto", acrescenta.

Entre as principais notícias do dia, o Banco Central revelou que o volume de investimentos estrangeiros no país atingiu a cifra de US$ 2,48 bilhões em maio. Trata-se do maior número para esse mês desde o início da série histórica, em 1947. A autoridade monetária avalia que o fluxo em maio seja de US$ 1,5 bilhão.

Juros futuros

As taxas de juros projetadas no mercado futuro da BM&F cederam nos contratos para 2010. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a inflação no mês de junho foi de 0,38%, pela leitura do IPCA-15, prévia do índice oficial de preços utilizado para o regime de metas do governo. Economistas do mercado financeiro esperavam em torno de 0,33%.

No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista retraiu de 8,79% ao ano para 8,77%; para janeiro de 2011, a taxa projetada subiu de 10% para 10,02%.

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