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Eleições legislativas da Argentina transcorrem sem problemas
28/06/2009 - Agência EFE

As eleições legislativas da Argentina transcorrem com normalidade depois dos atrasos em algumas seções ainda no início do pleito, devido à impontualidade das autoridades eleitorais e ao mau tempo. Cerca de 28 milhões de argentinos deverão ir às urnas em todo o país renovar metade das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados (Baixa) e um terço das 72 vagas do Senado.

O pleito é importante porque está em jogo a maioria que o governo da presidente Cristina Kirchner tem no Parlamento. A votação também definirá o mapa político do país nas eleições presidenciais de 2011 e os novos ocupantes das Assembleias Legislativas provinciais e municipais. Além disso, serão renovadas legislaturas provinciais e municipais em um pleito distribuído por 80.951 seções eleitorais e candidatos de 713 forças políticas, das quais 186 fazem parte de 98 alianças.

"Vivo este dia como bom democrata, como somos todos os argentinos", declarou o ex-chefe de Estado Néstor Kirchner, marido de Cristina, depois de votar como principal candidato governista a deputado pela Província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país. Kirchner, que está colocando em risco sua liderança no Partido Justicialista (Peronista), disse que ter "esperanças de consolidar a transformação do país".


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Esta é a primeira vez que Kirchner vota na Província de Buenos Aires, para onde transferiu seu domicílio para poder ser candidato, já que é oriundo de Santa Cruz --onde governou por quase 12 anos antes de ser eleito presidente, em 2003. A presidente argentina disse que os argentinos têm hoje a possibilidade de escolher "entre dois modelos" de país, após votar nas eleições legislativas nacionais.

A governante praticamente não fez comentários sobre o pleito local e se mostrou "preocupada" com a situação em Honduras, além de avaliar que "a comunidade internacional deve exigir a restituição" do governante desse país, Manuel Zelaya, que está na Costa Rica.

Francisco de Narváez, empresário que lidera listas da coalizão opositora União-Pró, formada por peronistas dissidentes e a conservadora PRO (Proposta Republicana), disse que se sente "muito feliz" pela normalidade do pleito. O prefeito de Buenos Aires e líder da PRO, Mauricio Macri, destacou por sua vez que "tudo caminha melhor que o esperado" e disse que "é muito cedo" para falar das eleições presidenciais de 2011.

O governador da Província de Buenos Aires, Daniel Scioli, que acompanha Kirchner na lista governista de candidatos a deputados, disse que confia "na maturidade" da população e que as coisas "irão bem". As autoridades de saúde, por sua vez, aconselharam as pessoas a fugir das aglomerações. A recomendação foi feita para evitar o alastramento da gripe suína, que matou 26 pessoas e contaminou outras 1.587 no país, segundo os últimos números oficiais.

O peronista dissidente Carlos Reutemann fez honra à condição de ex-piloto de Fórmula 1 ao ser o primeiro dos principais candidatos a votar, em Santa Fé, capital da Província de mesmo nome que governou entre 1999 e 2003. Após uma intensa campanha, que contou com predominância de desqualificações de propostas apresentadas, as pesquisas indicam que o governo poderia perder a maioria, embora deva se manter como a maior força política argentina.

A batalha definitiva pelo Parlamento está sendo travada na Província de Buenos Aires, a mais povoada do país e tradicional reduto peronista, cujo voto foi até agora decisivo para determinar maiorias parlamentares e escolher presidentes. As pesquisas mais recentes apontam para um empate técnico entre Néstor Kirchner, candidato governista, e seu rival mais direto, o peronista dissidente Francisco de Narváez, empresário que lidera listas da coalizão opositora União-Pró.

  

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