DIA A DIA

BC deve interromper corte de juros e Selic volta a subir em 2010, diz pesquisa
27/07/2009 - Eduardo Cucolo - Folha Online

Os economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus reafirmaram a previsão de que a taxa básica de juros deve continuar inalterada até 2010, quando os juros voltariam a subir.

Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) reduziu a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 9,25% para 8,75% ao ano. A expectativa é que os juros voltem a subir agora só em 2010, para 9,25% ao ano.

Na pesquisa dessa semana, os analistas financeiros mantiveram a previsão de queda do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) em 0,34% para este ano. Para 2010, a previsão de crescimento passou de 3,60% para 3,50%.


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A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta de inflação para o BC, ficou em 4,53%. A meta de inflação é de 4,50%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). Para 2010, a estimativa oscilou de 4,41% para 4,40%.

Outros indicadores

Houve piora na expectativa em relação à produção industrial, de uma retração de 6,09% para um resultado negativo de 6,09% neste ano para 6,29%.

A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) caiu de 0,90% para 0,50%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), recuou de 0,44% para 0,30%. Os dois indicadores servem de referência para o reajuste de contratos e preços administrados, entre eles, tarifas e aluguéis.

Para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), a previsão passou de 4,11% para 4,16%.

A estimativa para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 1,95. A pesquisa mostra uma melhora em relação ao superávit da balança comercial (de US$ 22,9 bilhões para US$ 23 bilhões).

Ficaram estáveis as previsões para o déficit nas transações correntes (US$ 15,1 bilhões) e os investimentos estrangeiros diretos (US$ 25 bilhões). Para a relação dívida/PIB, o resultado piorou de 41% para 41,3%.

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