Bovespa opera com alta de quase 1%; dólar é vendido a R$ 1,82 04/08/2009
- Folha Online
Após iniciar o dia com leve baixa, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera na tarde desta terça-feira com ganho de quase 1%, puxado pelo bom desempenho dos papéis da mineradora Vale e das principais siderúrgicas.
Já o dólar comercial inverteu o sinal e agora opera com nova queda, a quarta seguida, levando a cotação ao menor matamar desde o final do ano passado.
Às 14h47 (em Brasília), o Ibovespa (Índice Bovespa, principal indicador da Bolsa paulista) tinha alta de 0,66%, aos 56.366 pontos, com giro financeiro de R$ 3,318 bilhões. A moeda americana, por sua vez, era vendida a R$ 1,826, com baixa de 0,49%.
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Não durou mais do que meia hora o movimento de realização de lucros dos investidores após o mercado acionário -- não só aqui como em todo o mundo -- ter atingido os maiores níveis deste ano. Uma mistura de boas notícias macroeconômicas e a alta nos preços das commodities metálicas fizeram o indicador voltar a subir.
Depois de um início cambaleante, as Bolsas americanas agora operam com ganhos, o que ajuda a manter a Bovespa em alta. O índice Dow Jones tem alta de 0,18%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,13%.
Apesar da queda do preço do petróleo em 0,34% em Nova York, as commodities em geral --principalmente as metálicas-- sobem hoje, o que sustenta a alta de algumas das ações mais negociadas na Bovespa e garante a alta no dia.
O destaque fica para as ações preferenciais classe A da Vale, que avançam 0,66%. As preferenciais da siderúrgica Gerdau sobem 1,28%, enquanto as preferenciais classe A da Usiminas têm ganho de 0,11%.
As ações da mineradora MMX também tem forte alta, não só pela alta das commodities como também por provavelmente entrar, a partir do próximo mês, nas empresas listadas no Ibovespa. Suas ações ordinárias sobem 4,86%.
A mais importante das notícias vindas dos EUA hoje é a de gastos do consumidor, que tiveram aumento de 0,4% em junho, na comparação com maio, chegando a US$ 41,4 bilhões, segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio americano. Em maio, os gastos já haviam registrado ganho de 0,1%. O dado ficou ligeiramente acima do esperado pelos economistas, que previam uma alta de 0,3% nos gastos do consumidor em junho.
Dados sobre consumo nos EUA são acompanhados com atenção por analistas e investidores, uma vez que o consumo responde por cerca de dois terços da atividade econômica americana.
Porém, o dado não foi de todo recebido positivamente pelos investidores, já que a mesma pesquisa mostrou que a renda pessoal dos americanos recuou 1,3% no mês passado.