DIA A DIA

Saiba qual foi o destino dos artistas de Woodstock
15/08/2009 - Bénédicte Rey - France Presse

Morte prematura, carreira fenomenal ou total esquecimento são alguns dos destinos que os artistas que participaram de Woodstock conheceram.

Quatro minutos resumem os três dias de liberdade, de música e de condenação à guerra do Vietnã, e que fizeram de Woodstock tudo o que foi. Foram os quatro minutos de desconstrução do hino americano feito por Jimi Hendrix, o apogeu da carreira do guitarrista.

O artista foi encontrado morto aos 27 anos, pouco mais de um ano após a realização do evento, em 18 de setembro de 1970.


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Um mês depois morria Janis Joplin. Sua morte, assim como as de Brian Jones e Jim Morrison, com poucos meses de intervalo, simbolizam o fim de uma época marcada pela experimentação de drogas de todos tipos.

Apesar do fim trágico e precoce desses artistas, a maioria daqueles que passaram por Woodstock nos palcos. Para alguns, o festival -- e principalmente o filme e o disco que registraram o evento -- foi um verdadeiro trampolim.

É o caso, por exemplo, do ex-bombeiro de Sheffield que reinterpretou a música dos Beatles, "With a Little Help from My Friends". A versão fez de Joe Cocker um astro.

Depois de cair no esquecimento, voltou a ressurgir milagrosamente na década de 80 com uma série de sucessos como "You Can Leave Your Hat on" ou "Unchain My Heart".

Pastor

Woodstock marcou o começo de Carlos Santana e sua fusão de jazz, rock e ritmos latino-americanos. Em 1999, vendeu 25 milhões de cópias do álbum "Supernatural".

O guitarrista, que lançou seu 38º álbum em outubro, pensa hoje em uma reconversão. Quer deixar a música daqui a sete anos para se tornar pastor.

Sempre presentes em festivais, Crosby, Stills & Nash continuaram suas carreiras alternando discos solo e na banda, com ou sem o episódico Neil Young.

De todos os artistas de Woodstock, Young foi o que melhor renovou seu estilo, com constantes revisitações ao folk, country e rock e até música eletrônica.

Na década de 90, Young se tornou a figura de uma nova geração de músicos (como Sonic Youth e Nirvana) inspirados por sua música bruta e seus textos sombrios.

Irã

Em paralelo, muitos músicos mantiveram vivos neles os ideais hippies. Richie Havens, que abriu o festival com "Freedom", se envolveu no ensino da ecologia para crianças, enquanto Joan Baez cantou em favor do sindicato polonês Solidarnosc, do Camboja e, mais recentemente, no Irã.

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