DIA A DIA

Bovespa fecha em alta de 1,7% mas perde 1,8% na semana
04/09/2009 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve ganhos significativos na sessão desta sexta-feira, a reboque do desempenho visto nas Bolsas de Valores internacionais. O mercado optou por uma leitura positiva dos números sobre emprego nos EUA. Também contribuiu o período de cinco dias de baixa dos preços, o que deixou algumas ações a preços atrativos. A taxa de câmbio recuou para R$ 1,84.

Na semana, a Bovespa acumula decréscimo de 1,8%, enquanto a taxa de câmbio cedeu 2,23% no mesmo período.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avançou 1,70% no fechamento, atingindo os 56.652 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,43 bilhões, inflado pela oferta pública feita para as ações do banco Nossa Caixa (R$ 2,3 bilhões). Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 1,03%.


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O dólar comercial foi cotado por R$ 1,840, em baixa de 1,39% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 250 pontos, número 3,10% abaixo da pontuação anterior.

Nesta semana, analistas reforçaram as expectativas de que setembro seja um mês volátil para o mercado acionário. A combinação de juros de um dígito, setor industrial em reaquecimento e recuperação do emprego, embora garanta melhores perspectivas para o semestre, provavelmente não será suficiente para evitar um período de ajuste dos preços nas próximas semanas.

Entre agosto e setembro, relatórios de bancos e corretoras multiplicaram a tese de que a Bolsa subiu de maneira rápida demais.

"Qualquer indicação referente à redução do fluxo estrangeiro para mercados emergentes, dados não tão bons vindos da China e uma velocidade menor na recuperação dos principais indicadores poderá gerar queda nos preços das ações, gerando na nossa percepção oportunidade de entrada em alguns ativos", avalia Mônica Araújo, analista da corretora Ativa, em relatório sobre as perspectivas para a setembro.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA revelou que foram cortados 216 mil postos de trabalho em agosto. Trata-se do menor corte de vagas no país desde agosto do ano passado. Boa parte dos analistas previa o fechamento de 225 mil vagas. A taxa de desemprego, no entanto, continua a subir e bateu 9,7%, a maior em 26 anos, o que preocupa vários economistas.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) melhorou suas projeções para a economia global para este ano e 2010: a contração esperada para 2009 diminuiu -- de 1,4% para 1,3% -- enquanto o crescimento previsto para o ano que vem subiu de 2,5% para 2,9%.

No front doméstico, a Anfavea (a associação dos fabricantes) anunciou que a indústria automobilística brasileira já acumula 11 meses de queda na produção de veículos. Houve queda de 5,7% na comparação com agosto do ano passado. Sobre julho deste ano, no entanto houve crescimento de 4,4%.

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