DIA A DIA

Bovespa fecha com avanço de 0,78%; dólar mantém R$ 1,80
18/09/2009 - Folha Online

As ações brasileiras valorizaram pelo quarto dia consecutivo. A entrada de capital estrangeiro continua a impulsionar a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), com investidores vendo com mais otimismo o reaquecimento da economia doméstica e dos EUA, destacando-se as ações da Vale, que movimentaram mais de R$ 1 bilhão no pregão de hoje. A taxa de câmbio cravou R$ 1,80.

No mês, a Bolsa já acumula ganho de 7,46%, e no ano, de 61,66%. Já a taxa de câmbio tem desvalorização de 4,28% no mês e de 22,49% no ano.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa, avançou 0,78% no fechamento, aos 60.703 pontos, terminando a semana com alta de 4%. O giro financeiro foi de R$ 5,72 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,37%.


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As ações preferenciais, que sozinhas movimentaram R$ 948 milhões, valorizaram 1,28%, enquanto as ordinárias, com giro de R$ 124 milhões, ascenderam 0,60%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram ganho de 1,02%, com negócios da ordem de R$ 389 milhões.

"Nesses últimos dias, foram as ações da Petrobras que mais chamaram a atenção do mercado. Era natural que algum volume viesse para a Vale. E em comparação com a Petrobras, é uma empresa que até pode ser mais favorecida pela recuperação mundial", comenta Marcelo Mattos, operador da corretora mineira Geraldo Corrêa.

Profissionais de mercado também notaram um comportamento relativo raro no mercado: o exercício antecipado dos contratos chamados "opções". Esses contratos negociam direitos de compra ou de venda sobre um determinado ativo e são exercidos uma vez por mês. Na segunda-feira, há um vencimento marcado de opções sobre ações na Bovespa. Alguns investidores optaram por exercer antecipadamente opções de compra, principalmente da mineradora. "Provavelmente são vendidos [investidores que ganham com a baixa da Bolsa] correndo atrás para mudar de posição", avalia Mattos.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,809, em um acréscimo de 0,11% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 221 pontos, número 3,07% abaixo da pontuação anterior.

A agenda econômica do dia foi bastante esvaziada, tendo destaque para alguns indicadores domésticos. A FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou uma inflação de 0,35% em setembro, pela leitura do IGP-10. Em agosto, o mesmo índice havia apontado deflação de 0,60%. No ano, o IGP-10 acumula queda de 1,79%.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a concentração dos rendimentos diminuiu no país, mas que a maior parte ainda nas mãos de uma pequena parcela. A pesquisa mostrou que que 42,7% do total das remunerações estão concentrados nos 10% da população ocupada que detém os maiores rendimentos. Em 2007, essa parcela foi de 43,3%.

Nos EUA, ocorreu o que profissionais de mercado chamam de "vencimento quádruplo": vencimento de contrato futuro de índice, dos contratos futuros de ações, de opções sobre índice e de opções sobre ações. Esses ajustes do mercado futuro e de derivativos costumam provocar uma volatilidade atípica na Bolsa de Valores americana e contribuíram para seu fechamento com sinal positivo hoje.

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