DIA A DIA

Bovespa fecha com perda modesta; ações de bancos seguram queda
29/09/2009 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) concluiu a sessão de negócios desta terça-feira registrando uma queda modesta, contida pelo desempenho positivo das ações do setor bancário. O investidor optou hoje por alguma realização (vendas), tendo pela frente uma agenda cada vez mais intensa de indicadores dos EUA. A taxa de câmbio permaneceu no valor R$ 1,79.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, cedeu 0,13% no fechamento, aos 61.235 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,58 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em baixa de 0,48%.

No dia em o Banco Central brasileiro anunciou um forte incremento na oferta de crédito, as ações dos principais bancos foram os destaques do dia. Segundo papel mais negociado, a ação do Itaú-Unibanco (giro de R$ 371,8 milhões) valorizou 3,31%; em quarto lugar, a ação do Bradesco teve alta de 2,58%, movimentando R$ 212,3 milhões.


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As "blue-chips" Vale e Petrobras sofreram queda de 0,73% e 0,34%, respectivamente.

O mercado de câmbio manteve o dólar comercial em R$ 1,793. A taxa de risco-país marca 235 pontos, número 3,29% abaixo da pontuação anterior. "O mercado está meio preocupado com os indicadores que ainda devem sair nesta semana, principalmente o 'payroll' [boletim sobre a geração de emprego nos EUA], previsto para sexta-feira. Creio que há uma expectativa de que os próximos indicadores não devem vir muito bons", comentou Mauro Araújo, da corretora de câmbio Vision.

Entre as principais notícias do dia, o instituto privado de pesquisa Conference Board revelou uma piora do nível de confiança do consumidor americano na economia de seu país, provavelmente afetado por preocupações com o mercado de trabalho local. O índice apurado pelo instituto ficou em 53,1 pontos, contra 54,5 em agosto (dado revisado). A expectativa dos analistas era de 57 pontos.

Ainda nos EUA, o índice S&P/Case-Shiller --um dos principais indicadores do mercado imobiliário americano-, apontou uma alta de 1,2% nos preços dos imóveis em julho ante junho.

No front doméstico, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou uma inflação de 0,42% em setembro, após registrar seis meses consecutivos registrando deflação. No ano, o indicador acumula queda de 1,61%.

O Banco Central registrou uma queda nos juros praticados nos bancos, bem como uma estabilização nos níveis de inadimplência no mês de agosto. O estoque de crédito cresceu pelo sexto mês consecutivo e atingiu o valor recorde de R$ 1,326 trilhão.

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