DIA A DIA

Bovespa fecha em alta de 1,79% e dólar cai para R$ 1,73
08/10/2009 - Folha Online

Uma bateria de notícias positivas ajudou a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) a bater seus preços mais altos desde o final do primeiro semestre de 2008, apagando por completo a fase mais nervosa da crise global. Empresas com resultados surpreendentes e indicadores econômicos positivos nos EUA formaram o cenário que deu ânimo para os investidores voltarem às compras. E em um ambiente de menor aversão ao risco, a taxa de câmbio desceu para R$ 1,73, a menor cotação desde setembro de 2008.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 1,79% no fechamento, aos 63.759 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,68 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,63%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,739, em um declínio de 0,96% sobre a cotação final de ontem. A taxa de risco-país caiu para 221 pontos, cerca de 5% abaixo de sua pontuação anterior. Economistas esperam que o real se fortaleça ainda mais com a entrada de investimentos estrangeiros no país.


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"O cenário está muito positivo para assumir riscos. A temporada de balanços, que acabou de começar nos EUA, não trouxe notícias ruins, pelo contrário. E para ajudar no cenário de hoje, os indicadores divulgados lá fora vieram muito bons", comenta Rodrigo Silveira, gerente de operações da corretora Um Investimentos. "É possível que haja algumas realizações pontuais lá na frente. Mas o capital estrangeiro continua entrando no país com muita força. E se as empresas continuarem entregando bons resultados, essa tendência positiva deve continuar", acrescenta.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA revelou uma retração na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego, um importante indicador sobre as condições do mercado de trabalho local. O número de pedidos iniciais desse benefício caiu em 33 mil na semana encerrada no último dia 3, para um total de 521 mil solicitações. Trata-se do menor nível desde janeiro deste ano.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou inflação de 0,24% em setembro, ante 0,15% em agosto, pela leitura do IPCA, índice oficial para o regime de metas do governo.

O mesmo instituto registrou o segundo mês consecutivo de crescimento no nível de emprego do setor industrial, com variação de 0,3% em agosto. Em relação a igual período do ano passado, o movimento de retração foi mantido.

No front externo, o BCE (Banco Central Europeu) decidiu manter a taxa básica de juros para os países da zona do euro em 1% ao ano, com o objetivo de estimular a recuperação econômica da região.

A Pepsico, segunda maior fabricante de refrigerantes do mundo, anunciou lucro líquido de US$ 1,72 bilhão (US$ 1,09 por ação) no trimestre, contra US$ 1,58 bilhão (US$ 0,99 por ação) um ano antes. Bancos e corretoras esperavam um ganho de US$ 1,03 por ação.

Ontem à noite, a Alcoa se tornou a primeira grande empresa global a abrir a temporada de balanços trimestrais nos EUA. A produtora de alumínio norte-americana informou um lucro inesperado de US$ 77 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante lucro de US$ 268 milhões, ou US$ 0,33 por ação, no mesmo período de 2008. O resultado surpreendeu os analistas, que esperavam prejuízo.

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