Argentina vence no fim e agora só depende de si para ir à Copa 10/10/2009
- GLOBOESPORTE.COM
Sob um temporal e com direito a reviravoltas e polêmicas nos acréscimos do jogo, a Argentina conseguiu superar a seleção peruana neste sábado, no estádio Monumental de Núñez, e agora só depende de si para ir à Copa do Mundo. Palermo, aos 47 minutos do segundo tempo, decretou a vitória dos hermanos por 2 a 1. Rengifo havia empatado o jogo para o Peru pouco antes, aos 44. Higuaín fez o primeiro gol da partida.
A vitória, dramática, foi comemorada com contornos de conquista épica. Palermo e Maradona choraram copiosamente após o apito final. Com o resultado, os hermanos assumiram a quarta posição nas eliminatórias sul-americanas, com 25 pontos. Uruguai (24 pontos) e Equador (23) aparecem em quinto e sexto. Os uruguaios bateram os equatorianos por 2 a 1 neste sábado, em Quito.
Na próxima quarta, em Montevidéu, basta à Argentina vencer o Uruguai para garantir sua vaga na Copa sem depender de ninguém. Se houver empate, os hermanos garantem ao menos a repescagem. No caso de perderem para os uruguaios, os argentinos torcem para que o Equador não vença o classificado Chile fora de casa. Neste caso, a Argentina dará adeus ao Mundial. O Uruguai ficaria com a vaga direta, em quarto lugar, e os equatorianos em quinto, com um posto na repescagem.
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O técnico Maradona apostou num time cheio de novidades. Jogadores como Aimar, Enzo Pérez e Insúa jogaram pela primeira vez uma partida oficial sob o comando de Dieguito.
A Argentina começou o jogo com tudo e teve diversas chances para abrir o placar no primeiro tempo. A pontaria, entretanto, não esteve das melhores.
Logo a um minuto de jogo, após boa triangulação no setor de ataque, Enzo Pérez recebeu livre na entrada da área e bateu rasteiro. A bola foi sem muita força e o goleiro Butrón catou firme.
Aos 18, Higuaín perdeu o gol mais feito do jogo. Di María fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro. O atacante do Real Madrid recebeu livre na entrada da pequena área e bateu por cima do gol.
O próprio Higuaín teve nova chance, aos 20 minutos. O atacante recebeu no lado esquerdo da área e bateu rasteiro. O goleiro Butrón se enrolou, mas conseguiu salvar com o pé.
A seleção peruana, muito retraída, não conseguiu construir nem sequer um bom ataque na etapa inicial. A Argentina, por sua vez, levou muito perigo com Di María pelo lado esquerdo. O meia do Benfica foi ao fundo e cruzou na boca do gol por duas vezes, mas ninguém apareceu para empurrar a bola para dentro.
Messi, que chamou jogo mas não conseguiu ser brilhante, teve sua chance aos 40, mas o chute saiu raspando a trave direita de Butrón.
No segundo tempo, Maradona resolveu sacar o volante Enzo Pérez para lançar o atacante Palermo. Como resultado, coube aos peruanos a primeira grande chance, logo com um minuto de jogo. Vargas soltou a bomba do meio da rua e carimbou o travessão de Romero.
O susto foi rapidamente esquecido porque Higuaín desencantou aos 2 minutos. Aimar fez boa jogada pelo meio e tocou rasteiro para o camisa 9, que recebeu livre na área e bateu cruzado para fazer 1 a 0.
Mesmo em vantagem, a Argentina manteve a formação com um volante a menos e três atacantes. As chances de gol não apareceram em profusão e o Peru, que nada ameaçou no primeiro tempo, chegou a criar chances para empatar.
Aos 12 minutos, Fano recebeu sozinho na área e bateu na saída de Romero. O goleiro argentino fechou bem o ângulo e rebateu para o meio da área. Ballón pegou a sobra e tentou bater para o gol vazio, mas a bola pegou no braço de Insúa. Os peruanos reclamaram pênalti, mas a arbitragem acertou ao nada marcar (o braço do argentino estava colado ao corpo).
Apesar de ter mais a bola, a Argentina encontrou dificuldades para ampliar o marcador. Vulnerável na defesa, Maradona resolveu então sacar um de seus atacantes. Higuaín deu lugar ao zagueiro Demichellis aos 22 minutos. O jogador foi improvisado na lateral direita e Jonás Gutiérrez foi deslocado para compor o meio.
A chuva e o vento começaram então a castigar o estádio Monumental de Núñez, e o jogo ficou feio. A Argentina segurou as pontas até os 44 do segundo tempo, mas não resistiu. Após blitz na área dos hermanos, Rengifo, de cabeça, deixou tudo igual.
Na base do abafa, a Argentina foi para cima e conseguiu o gol da vitória, aos 47. Após jogada cheia de bolas cruzadas na área, Palermo, em posição duvidosa, empurrou para o gol e fez o Monumental de Núñez explodir de alegria.
Como num filme de terror, o fantasma peruano ainda deu um último susto: na saída de bola após o gol, Palacios bateu do meio do campo direto para o gol. A bola explodiu no travessão de Romero e foi para fora. Ainda houve a cobrança de escanteio, mas a Argentina afastou o perigo e pôde enfim comemorar.