A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra perdas desde os primeiros negócios desta terça-feira. O mercado deve repercutir a medida do governo para taxar a entrada de capital estrangeiro em 2%, tendo validade já a partir de hoje.
Ontem à noite, a reação inicial entre analistas não foi positiva e se previa algum nervosismo para a jornada desta terça-feira, possivelmente com dólar em alta e Bolsa em baixa. Também há uma bateria de indicadores dos EUA, e balanços de importantes empresas americanas, que devem influenciar os rumos do mercado doméstico. A taxa de câmbio atinge R$ 1,74.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 1,71%, aos 66.088 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em alta de 1,57%.
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O dólar comercial é negociado por R$ 1,740, com avanço de 1,57%. A taxa de risco-país marca 219 pontos, número estável sobre a pontuação anterior.
As principais Bolsas asiáticas fecharam em alta, a exemplo de Tóquio (1%) e Hong Kong (0,83%). Investidores estão animados que a China deve divulgar nesta semana sobre o crescimento da economia. Na Europa, a Bolsa de Londres cai 0,25%, enquanto as ações cedem 0,31% em Frankfurt.
Há também a expectativa pela reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia amanhã a nova taxa básica de juros do país (referência para o custo dos empréstimos no setor bancário). Economistas de bancos e corretoras esperam que o juro primário seja mantido em 8,75% ao ano.
Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA informou uma deflação de 0,6% em setembro, pela leitura do PPI (Índice de Preços ao Produtor, para preços no atacado). A maioria do mercado esperava variação nula para esse indicador.
Ainda nos EUA, o governo revelou que a emissão de licenças para construção de casas, um importante indicador do mercado imobiliário, apontou um desempenho frustrante para setembro: um recuo de 1,2% neste mês. Trata-se do pior declínio neste ano, depois do mês de abril (retração de 2,5%). A construção de casas cresceu 0,5% no mês passado.
O mercado aguarda para o dia de hoje a revelação dos balanços do Bank of New York Mellon, Caterpillar, Coca-Cola e Yahoo!, com números relativos ao terceiro trimestre.
Ontem à noite, a gigante do setor de tecnologia Apple anunciou um lucro líquido de US$ 1,67 bilhão, ou US$ 1,82 por ação, no quarto trimestre do exercício fiscal de 2009, fechado em 26 de setembro. No mesmo período de 2008, a empresa teve um lucro de US$ 1,14 bilhão, ou US$ 1,26 por ação. analistas do mercado esperavam ganho de US$ 1,42 por ação.
No front doméstico, a FGV (Fundação Getulio Vargas) registrou inflação de 0,04% em setembro, pela leitura do IGP-M, ainda em sua segunda estimativa. Mercado esperava variação em torno de 0,10%.