DIA A DIA

Bovespa "esquece" IOF e ganha 2,17%; dólar vale R$ 1,73
21/10/2009 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) deixa para trás o nervosismo com a taxação sobre o capital estrangeiro e volta se firmar acima dos 66 mil pontos, maior patamar desde junho de 2008. O mercado digere uma bateria de resultados das várias grandes empresas estrangeiras, enquanto aguarda o "Livro Bege" (nos EUA) e o brasileiro Copom. A taxa de câmbio devolve parte da alta de ontem e volta para R$ 1,73.

A consultoria Economática calculou em US$ 55 bilhões as perdas de ontem das empresas na Bolsa de Valores com o anúncio da taxação do capital estrangeiro no país.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, avança 2,17%, aos 66.717 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,72 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,65%.


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O dólar comercial é cotado por R$ 1,733 para venda, em um recuo de 0,68%. A taxa de risco-país marca 216 pontos, número 2,70% abaixo da pontuação anterior.

Balanços de grandes empresas no Brasil e no exterior estão entre a primeiras notícias do dia, várias grandes empresas já divulgaram seus resultados do terceiro trimestre.

O destaque fica por conta do banco Wells Fargo, quarto maior dos EUA, indicou lucro de US$ 3,23 bilhões para o terceiro trimestre, quase o dobro do resultado de um ano antes.

Outro banco importante, o Morgan Stanley, reportou lucro de US$ 498 milhões, interrompendo uma sequência de três trimestres de prejuízo. A fabricante de aviões Boeing anunciou um perdas de US$ 1,6 bilhão no trimestre, ante lucro de US$ 695 milhões um ano antes.

Já a montadora Fiat comunicou lucro de aproximadamente US$ 37,3 milhões no terceiro trimestre, ante ganho de US$ 698,5 milhões no mesmo período de 2008.

No front doméstico, a empresa de TV por assinatura Net informou lucro líquido de R$ 246 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 63 milhões apurado um ano antes.

A Previdência Social registrou em setembro deficit de R$ 9,172 bilhões, o pior resultado desde setembro de 2007.

Investidores operam sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia a nova taxa básica de juros do país (referência para o custo dos empréstimos no setor bancário) após o fechamento das Bolsas de Valores. Economistas de bancos e corretoras esperam que o juro primário seja mantido em 8,75% ao ano.

Além do Copom brasileiro, a agenda econômica prevê a divulgação do Livro Bege", às 16h (hora de Brasília), documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Federal Reserve (banco central dos EUA). Trata-se de uma avaliação influente sobre a economia americana, que pode afetar os rumos das Bolsas de Valores.

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