DIA A DIA

Bovespa perde 1,14% nos primeiros negócios; dólar negociado a R$ 1,76
03/11/2009 - Folha Online

As ações brasileiras são negociadas com perdas desde as primeiras operações registradas nesta terça-feira, no retorno do mercado após o feriado de ontem. Analistas avaliam que há um certo temor no mercado mundial, sinalizado já pelas Bolsas asiáticas, de que mais países comecem a rever a política monetária de juros muito baixos praticada para combater a crise mundial. E em um momento de maior aversão ao risco, a taxa de câmbio bate R$ 1,76.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, desvaloriza 1,14%, aos 60.843 pontos. Na sexta-feira, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em forte baixa de 3,41%.

Ontem, a Bolsa de Nova York, principal referência externa do mercado brasileiro, fechou em alta de 0,79%.


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O dólar comercial é vendido por R$ 1,767, em um acréscimo de 0,56% sobre a cotação final da semana passada. A taxa de risco-país marca 223 pontos, número 1,70% acima da pontuação anterior.

As principais Bolsas de Valores asiáticas concluíram os negócios de hoje em terreno negativo. Investidores temem que, em vários países, bancos centrais comecem o repetir o exemplo da Austrália, país que por duas vezes já subiu os juros. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,76%. Na Europa, a Bolsa de Londres perde 1,88%, enquanto a Bolsa de Frankfurt recua 1,61%.

Entre as primeiras notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a produção industrial teve o seu nono aumento consecutivo (0,8%) no mês de setembro. Em termos de trimestre, trata-se da maior expansão desde 2003.

O Itaú Unibanco Holding informou que encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 2,268 bilhões, contra um lucro pró-forma de R$ 2,551 bilhões em igual período do ano passado --uma queda de 11%.

E o banco suíço UBS anunciou que teve um prejuízo de US$ 547 milhões no terceiro trimestre deste ano. Um ano antes, a instituição financeira havia registrado um lucro de US$ 274,4 milhões.

No final de semana, o grupo financeiro americano CIT, especializado no financiamento de pequenas e médias empresas, comunicou que vai se colocar sob a proteção da lei de falências de seu país (o equivalente a entrar em concordata no Brasil). Com os ativos de US$ 71 bilhões, a quebra do CIT é a quinta maior da história dos Estados Unidos, após as do Lehman Brothers (2008), Washington Mutual (2008), WorldCom (2002) e General Motors (2008).

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