Bovespa sobe 1,36% e fecha a semana em terreno positivo 13/11/2009
- Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta nesta sexta-feira, revertendo em parte a queda da véspera e encerrando a semana no azul. Influenciada pelo dia positivo nas Bolsas dos Estados Unidos e pela temporada de balanços de empresas no Brasil, a Bolsa se firmou no terreno positivo por volta das 14h e chegou a subir mais de 2%.
O Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, registrou elevação de 1,36%, aos 65.325 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 1,33%. O giro financeiro foi de R$ 6,678 bilhões, acima da média do mês (R$ 6,4 bilhões/dia). Ainda aberta, a Bolsa de Nova York sobe 0,50%.
O dólar comercial foi trocado por R$ 1,722 nas últimas operações de hoje, valor que representa uma queda de 0,92% sobre a cotação final de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,745 e R$ 1,717. Na semana, porém, a moeda acumulou leve alta, de 0,17%. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,62%, aos 65.489 pontos.
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O Banco Central realizou, por volta de 12h, um novo leilão de compra de dólar, a uma taxa de corte de R$ 1,7378. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,820, em queda de 1,08%.
De acordo com o gestor da Grau Gestão de Ativos, Huang Kuo Seen, o contexto geral da Bovespa foi muito influenciado pelo cenário no exterior. As Bolsas norte-americanas chegaram a cair no início do dia, puxadas pela dado negativo sobre a confiança do consumidor.
O índice apurado pela Universidade de Michigan ficou em 66 pontos -- menor desde agosto --, contra 70,6 no fim de outubro. O efeito, porém, não durou muito e as Bolsas voltaram a subir.
Ele afirmou, porém, que o foco dos investidores nos últimos dias tem sido os balanços divulgados pelas empresas. "A dinâmica tem sido muito mais de foco nos resultados das companhias", disse.
A Brasil Foods, uma das maiores companhias de alimentos processados do mundo, divulgou na noite de quinta-feira lucro líquido de R$ 211 milhões no terceiro trimestre, ante prejuízo de R$ 1,63 bilhão no mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira.
Foi o primeiro anúncio de resultados da empresa que considera os números somados de Perdigão e Sadia, esta última incorporada pela primeira no início deste ano. As ações da companhia caíram 4,18%, cotadas a R$ 42,15.
A Cetip (empresa de liquidação e custódia de ativos no mercado financeiro) anunciou que teve uma alta de 4% no lucro líquido do terceiro trimestre, para R$ 20,329 milhões. Além disso, a Cosan anunciou que reverteu o prejuízo de R$ 380,7 milhões um ano antes e registrou lucro líquido de R$ 173,4 milhões no trimestre.
Já a gigante do setor alimentício JBS registrou queda de 78% em seu lucro no terceiro trimestre, para R$ 151,5, ante resultado positivo de R$ 694 milhões no mesmo período do ano anterior. As ações da empresa também registraram queda, de 4,68%, a R$ 9,15.
Do lado positivo, a construtora e incorporadora Cyrela registrou lucro líquido recorde de R$ 264,1 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 239% frente ao ganho de R$ 77,9 milhões um ano antes. Os papéis da empresa tiveram alta de 6,278% -- em R$ 24,55.
As ações do Banco do Brasil também tiveram valorização, ainda precificando o bom resultado apresentado pela instituição financeira na madrugada de quinta-feira. Os papéis subiram 3,42%, para R$ 32,00.
Os papéis mais negociadas da Bolsa, Vale e Petrobras, tiveram altas moderadas nesta sexta. A ação preferencial da Vale, com movimento de R$ 1,09 bilhão, valorizou 1,23%; A ação preferencial da Petrobras, que movimentou outros R$ 616 milhões, teve alta de 0,75%.
Segundo Huang Kuo Seen, os investidores evitaram comprar grandes posições da Petrobras nesta sexta, na expectativa do balanço da companhia petrolífera, previsto para ser divulgado após o fechamento do mercado.