DIA A DIA

Mercado negocia dólar por R$ 1,72, alta de 0,52%, após abertura
19/11/2009 - Folha Online

O mercado de câmbio doméstico troca o dólar comercial por R$ 1,726, poucos minutos após o início dos negócios desta quinta-feira. O valor significa um aumento de 0,52% sobre a cotação final de ontem.

Na quarta-feira, o dólar foi mantido em R$ 1,717 no fechamento. Já a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve perdas de 1,32%.

Hoje é o último dia útil desta semana, devido ao feriado de amanhã (Dia da Consciência Negra). Nos últimos dias, os negócios refletiram uma espécie de "impasse". A perspectiva de que os EUA mantenham sua política de juros muito baixos (entre zero e 0,25% ao ano) por um longo tempo foi um fator de pressão sobre os preços. Essa decisão tende a reforçar o fluxo de capitais estrangeiros para o país, atrás dos altos juros brasileiros.


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Ao mesmo tempo, corretores apontam para uma "resistência" dos agentes financeiros em negociar a moeda abaixo de R$ 1,70. Há uma certa cautela, pois teme-se que o governo volte a sacar do bolso medidas que afetem o mercado de câmbio, como já visto em meados de outubro, com o IOF sobre capital estrangeiro.

Ontem à noite, a Fazenda reforçou essas expectativas. Após o encerramento dos negócios, o ministro Guido Mantega anunciou que o governo vai cobrar 1,5% de IOF sobre operações de emissões de papéis de empresas brasileiras no exterior.

De acordo com o ministro, a medida tem por objetivo evitar a migração de investimentos que seriam feitos na Bolsa brasileira para outros mercados, como forma de fugir da taxação de 2% de IOF que incide sobre a entrada de capital estrangeiro no país.

Agenda

A segunda prévia do IGP-M do mês é o destaque da agenda doméstica de hoje. Lá fora, investidores e analistas devem acompanhar o boletim semanal sobre a demanda pelos benefícios dos auxílio-desemprego nos EUA, um importante termômetro do mercado de trabalho local. Ainda nos EUA, o instituto privado Conference Board revela seu índice de "indicadores antecedentes", que busca apontar as tendências para a economia nos próximos meses.

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