Bovespa perde 0,10% nos primeiros negócios; dólar marca R$ 1,72 24/11/2009
- Folha Online
As ações brasileiras são negociadas com perdas desde as primeiras operações desta terça-feira. O investidor aguarda a divulgação de números fundamentais sobre a economia americana, que podem definir o rumo dos negócios de hoje. A taxa de câmbio doméstica recua para R$ 1,72.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 0,10%, aos 66.741 pontos. Ontem, a Bovespa teve ganho de 0,73%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,724, em um decréscimo de 0,23% sobre a cotação final de ontem. A taxa de risco-país marca 214 pontos, número 0,94% acima da pontuação anterior.
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A espera pelos indicadores econômicos dos EUA deixou os investidores mais cautelosos nas principais Bolsas asiáticas. Em Tóquio, o índice de ações Nikkei cedeu 1,01%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,53%. Na Europa, a Bolsa de Londres avança 0,32% enquanto em Frankfurt, o índice Dax sobe 0,10%.
Entre as primeiras notícias do dia, o Banco Central brasileiro revelou que os investimentos estrangeiros em carteira mais que dobraram entre setembro e outubro: passaram de US$ 6,835 bilhões para US$ 17,119 bilhões.
No front externo, a Eurostat, a agência europeia de estatísticas, apontou que as encomendas à indústria na zona do euro cresceram 1,5% em setembro, na comparação com agosto.
O foco da agenda de hoje é a nova revisão do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, com dados relativos ao terceiro trimestre. A divulgação está prevista para as 11h30 (hora de Brasília) e muitos economistas preveem um crescimento anual de 3% para o período. Na projeção anterior, o governo americano estimou um incremento de 3,5%.
Além do PIB, os agentes do setor financeiro também deve repercutir, às 17h, a ata do Federal Reserve (banco central dos EUA), relativa à reunião do início deste mês, em que os juros foram mantidos na banda de zero a 0,25% ao ano. O documento traz a análise econômica que fundamentou essa decisão.
Por esse motivo, os economistas devem buscar pistas sobre quanto tempo o chamado Fed deve manter as taxas em níveis tão baixos. Para muitos analistas, o início desse processo (a alta do juros) pode ser a senha para uma retração mais brusca das Bolsas de Valores.
Não bastante esses documentos fundamentais, ainda há mais dois indicadores de peso sobre a economia americana: o índice S&P/Case Shiller sobre os preços de imóveis nas 20 maiores regiões metropolitanas dos EUA, um termômetro influente sobre o setor imobiliário. A divulgação está prevista para as 12h.
Uma hora depois, o instituto privado Conference Board revela os resultados de sua sondagem com 5 mil moradores dos EUA. O índice resultante sinaliza o nível de confiança do cidadão americano na economia local e, portanto, sua disposição a consumir.