DIA A DIA

Bovespa cai 0,62% na abertura e dólar marca R$ 1,74; efeito Dubai ainda afeta
27/11/2009 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) inicia os negócios desta sexta-feira com perdas. Os mercados mundiais devem ficar atentos aos desdobramentos da moratória em Dubai, que gerou uma onda de dúvidas sobre a saúde financeira de empresas e países. Bolsas asiáticas e europeias dão continuidade às fortes perdas de ontem. Também há expectativa pela reabertura dos negócios em Nova York, após o feriado de quinta. A taxa de câmbio doméstica bate R$ 1,74.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, recua 0,62%, aos 65.891 pontos. Ontem, a Bovespa teve perdas de 2,25%, o segundo pior "tombo" de novembro.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,742, em um declínio de 0,45%. A taxa de risco-país marca 231 pontos, número 6,94% acima da pontuação anterior.


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As Bolsas asiáticas deram repercussão hoje à notícia da moratória de Dubai, na casa dos bilhões de dólares, o que gerou uma onda de nervosismo pelos mercados mundiais ontem. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 3,22%; em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 4,84%. Na Europa, a Bolsa de Londres cede 0,10% enquanto a Bolsa de Frankfurt retrai 0,19%.

Analistas afirmam que o movimento de ontem foi exacerbado pelo fato de que as ações já se encontram bastante valorizadas neste ano (ganho acumulado de 80% no Brasil), o que levou os grandes investidores globais a defenderam seus lucros num momento de pânico. A falta de informações mais precisas sobre o caso também contribuiu para elevar a incerteza nos mercados.

Por esses motivos, analistas consideram que o nível de aversão a risco pelos investidores deve continuar alto no expediente de hoje.

Entre as primeiras notícias do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou inflação de 0,10% em novembro, pela leitura do IGP-M, ante 0,05% em outubro. No ano, o índice acumula queda de 1,46%.

Deve haver também alguma expectativa entre investidores e analistas pela chamada 'Black Friday', a tradicional sexta-feira de liquidações após o Dia de Ação de Graças, nos EUA. As vendas desse período vão ser assunto do mercado, em busca de pistas sobre o ritmo de recuperação da maior economia do planeta.

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