Bovespa fecha em alta de 0,30% e atualiza pico de 2009 02/12/2009
- Folha Online
A valorização das commodities (matérias-primas) ajudou a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) a renovar sua pontuação máxima deste ano, na sessão desta quarta-feira. As ações preferidas pelos investidores na Bolsa brasileira são justamente de empresas ligadas ao setor de mineração e petróleo. Os papéis do setor bancário também ajudaram a sustentar o mercado brasileiro, descolado de Nova York. A taxa de câmbio doméstica cravou R$ 1,72.
O preço internacional do ouro atingiu novo recorde hoje, enquanto a cotação do cobre bateu seu maior valor em 14 meses.
O Ibovespa, índice que reflete os preços dos papéis mais negociados, subiu 0,30% no fechamento, aos 68.614 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,78 bilhões. Ainda aberta, a Bolsa de Nova York retrai 0,27%.
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A ação preferencial da Vale, que movimentou R$ 521 milhões, desvalorizou 0,90%, enquanto a ação preferencial da Petrobras teve perda de 0,95% (giro de R$ 581 milhões).
Ainda no rol dos papéis mais negociados, a ação da Gerdau teve alta de 1,96% enquanto o papel da CSN ascendeu 1,45%. A ação do Itaú-Unibanco avançou 1,14%; a ação do Bradesco ganhou 0,18%.
E a ação do banco Panamericano subiu 4,50%, com giro de R$ 26 milhões, na sessão de hoje da Bovespa, um dia após a Caixa Econômica Federal ter revelado a compra dessa financeira por R$ 740 milhões.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,722, em leve queda de 0,05%. A taxa de risco-país marca 215 pontos, número 1,82% abaixo da pontuação anterior.
EUA
Entre as principais notícias do dia, a consultoria privada ADP registrou uma perda de 169 mil postos de trabalho no setor privado dos EUA em novembro. A cifra é pior do que o esperado por economistas de Wall Street (150 mil vagas perdidas). A empresa, no entanto, revisou para melhor sua estimativa de outubro: em vez do fechamento de 203 mil vagas, foram perdidos 195 mil.
Em seu relatório "Livro Bege", o Federal Reserve (banco central dos EUA) reportou uma melhora "modesta" das condições da economia americana desde outubro. Na edição anterior deste documento, publicado no final do mês retrasado, a recuperação da economia foi descrita como "débil" e "dispersa".
No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a produção industrial do país teve sua décima expansão consecutiva no mês de outubro. A variação mensal (2,2%) também foi a mais alta desde julho.
Recomendações para dezembro
Corretores veem um mês de dezembro um pouco mais volátil que os anteriores, em que investidores devem balançar entre embolsar os (fortes) ganhos acumulados neste ano, enquanto procuram antecipar o provável crescimento do país (e da economia mundial) em 2010. De modo geral, analistas não esperam um movimento mais intenso de vendas,devido ao fluxo renovado de recursos estrangeiros, mas o novo foco são papéis de empresas mais voltadas para o mercado interno.
"Entendemos que muitos investidores já estão focando 2010 e que aí teria vários fundamentos que justificariam a compra de ações brasileiras como: economia crescendo perto dos 6% ao ano, crédito bancário expandindo mais e em todos os segmentos, emprego e renda em alta, investimentos bem acima dos níveis históricos e voltados o mercado interno, principalmente", avalia a equipe de analistas da Gradual Investimentos, em relatório distribuído hoje.
As ações da Petrobras, da Vale e do Pão de Açúcar são denominadores comuns nas recomendações de quatro corretoras para o mês de dezembro.
Além desses três papéis, a Planner também indica para seus clientes os ativos da Gerdau (siderurgia), Itaú-Unibanco, Banco do Brasil e Visanet (serviços financeiros). Natura e Lojas Renner são as outras sugestões bem como Gol, Cyrela e Tractebel.
A corretora Ativa também recomenda a Tractebel, bem como Lojas Americanas, Itausa, Oi, CCR Rodovias, Randon, Guarani e Weg.
Na carteira de ações sugerida pela Spinelli, entram ainda Cosan, Banco do Brasil, Itaú-Unibanco, JBS, Duratex e Cyrela, além de BM&F-Bovespa.
A Gradual Investimentos aponta, além das três já citadas, Copasa, Sul América, Brookfield, Eztec, Brasil Foods, Abnote, Guarani, Light, Cremer e Marcopolo.
A Petrobras é a única unanimidade dessas quatro corretora com a TOV, que também indica AES Tietê, CPFL, Klabin, Eletropaulo e Log-In.