DIA A DIA

Bovespa fecha em leve queda de 0,06%, à espera de BC americano
15/12/2009 - Folha Online

O mercado brasileiro de ações abriu em queda, esboçou uma reação mas, sem fôlego novo, patinou durante boa parte da jornada desta terça-feiras. Em meio a boas notícias da economia doméstica (aumento do emprego industrial, forte crescimento das vendas no varejo), o mercado se assustou com uma taxa de inflação acima do esperado nos EUA. E amanhã, o banco central americano anuncia a nova taxa básica de juros desse país. A taxa de câmbio doméstica teve um repique após três dias de queda, cravando R$ 1,75.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, teve leve queda de 0,06%, aos 69.310 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,67 bilhões. Ainda aberta, a Bolsa de Nova York recua 0,60%.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,754, em alta de 0,57%. A taxa de risco-país marca 195 pontos, mantendo a pontuação anterior.


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Hoje, a procura por moeda por agentes financeiros interessados em zerar seus compromissos financeiros antes do término do ano contribuiu para alguma pressão sobre as taxas de câmbio. "Isso ocorreu no mercado futuro mas também no câmbio comercial. E dever haver alguma pressão de alta sobre dólar, pelo menos até o final do mês. É difícil que atinja R$ 1,80, mas o mercado mostra que a taxa não deve cair abaixo de R$ 1,73 ou R$ 1,75", comenta Marcos Trabold, operador da corretora B&T.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA apontou uma inflação de 1,8% em novembro, pela leitura do PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês), que aponta as variações de preço no atacado. Em outubro, o mesmo índice registrou variação de 0,3%. O núcleo do indicador --que exclui os preços de alimentos e energia-- subiu 0,5% em novembro, ante uma queda de 0,6% no mês anterior.

Ainda nos EUA, o Federal Reserve revelou que a produção industrial do país teve um crescimento de 0,8% em novembro, acima das expectativas do setor financeiro (0,5%).

Analistas avaliam que o chamado "Fed" deva manter os juros na 'banda' de zero a 0,25% ao ano como resultado da reunião de amanhã, mas temem que, em algum momento de 2010, essa taxa comece a ser ajustada, por conta de algum risco inflacionário.

E o instituto econômico ZEW (Centro para a Pesquisa Econômica Europeia, na sigla em alemão) apontou que investidores e analistas continuam pouco confiantes na economia da Alemanha, a maior da Europa, num sinal de que a recuperação econômica nesse país será lenta. O mesmo instituto apontou queda na confiança do consumidor entre os países da zona do euro.

Ontem à noite, o Wells Fargo, quarto maior banco dos EUA, anunciou que também deve devolver a ajuda federal recebida para sobreviver à pior fase da crise mundial de 2008, seguindo o exemplo das instituições financeiras Bank of America e Citigroup.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que as vendas no setor varejista cresceram pelo sexto mês consecutivo em outubro, a uma taxa de 1,4% na comparação com setembro. Em relação a outubro de 2008, houve alta de 8,4%.

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