Mercado vende dólar por R$ 1,787, alta de 0,22%, após abertura 21/12/2009
- Folha Online
O dólar comercial é trocado por R$ 1,787 na venda, com avanço de 0,22%, minutos após o início dos negócios desta segunda-feira. Na sexta, o dólar foi vendido por R$ 1,783, enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve recuo de 0,41%.
Hoje, o mercado financeiro deve ficar por conta do IGP-M (a segunda estimativa) de novembro, além da Pesquisa Focus (projeções econômicas) e a balança comercial. Na agenda externa, a divisão do Federal Reserve (banco central dos EUA) divulga o índice de atividade na região de Chicago.
O IGP-M apresentou deflação de 0,18% na segunda prévia de dezembro, ante alta de 0,99% no mesmo período do mês passado. Já o Focus indicou que o mercado reduziu pela segunda semana consecutiva a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e espera agora redução de 0,23% em 2009, contra queda de 0,21% na semana anterior. A balança comercial será divulgada às 11h (em Brasília).
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Houve uma importante mudança de humor entre os agentes financeiros nas últimas semanas. Se até o início do mês prevaleceu um certo otimismo pelos indícios de recuperação da economia americana e europeia, o episódio Dubai e a última reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA) jogaram um balde de água fria nesse entusiasmo.
A partir do último comunicado oficial do "Fed", o mercado passou a temer com muito mais ênfase a perspectiva de que os juros americanos, hoje próximos de zero, devem subir no ano que vem. E o rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) da Grécia mostrou que a economia europeia mostrou, segundo analistas, ainda pode ser origem de novos dias de estresse no ano que vem.
Agenda
A semana está mais curta devido ao Natal mas nem por esse motivo tem indicadores menos importantes. Lá fora, os destaques da agenda econômica estão concentrados na terça e quarta-feira: amanhã, o mercado deve repercutir a estimativa final do PIB (Produto Interno Bruto) americano, relativo ao terceiro trimestre. Economistas projetam um crescimento de 2,8%.
E na quarta, investidores e analistas acompanham as estatísticas sobre renda e consumo das famílias, pelo governo americano. No mesmo dia, a Universidade Michigan atualiza sua sondagem sobre a confiança do consumidor (um importante termômetro da economia). Também está prevista a divulgação dos novos números sobre venda de imóveis novos.
No front doméstico, o principal evento está marcado para amanhã: economistas devem fazer uma leitura minuciosa do Relatório de Inflação, publicado trimestralmente pelo Banco Central. A ata do Copom (Comitê Política Monetária) e a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) geraram um debate no mercado financeiro sobre o ritmo de ajuste dos juros para 2010. Há consenso de que a taxa Selic deve subir, provavelmente para 10% ou mais, até o final do ano que vem.
Há dúvidas, no entanto, sobre o ritmo desse ajuste (se mais cedo ou mais tardio), que a interpretação do novo relatório do BC pode ajudar a resolver.