Relatório da morte de Michael Jackson indica envenenamento 11/01/2010
- Agência EFE
O relatório da morte de Michael Jackson indica que sua morte foi um homicídio causado por envenenamento. A cópia do documento, que consta de duas páginas - o próprio relatório e uma correção dele mesmo - foi publicada no site do jornal britânico News of the World.
No relatório divulgado pelo site, de 7 de julho de 2009, o juiz de instrução Cheryl MacWillie não quis especificar a causa da morte.
No entanto, após reunir mais provas, o documento foi corrigido em 31 de agosto de 2009 pelo médico legista Christopher Rogers, que determinou que a morte de Michael foi um "homicídio", causado por uma "intoxicação aguda" do medicamento Propofol, introduzido no corpo do cantor por uma "injeção intravenosa realizada por outra pessoa".
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O jornal afirma que a Procuradoria vai emitir uma acusação de "homicídio culposo" (sem intenção de matar) contra o doutor Conrad Murray, médico que tratava do cantor, já que admitiu ter fornecido a Michael Jackson o medicamento em questão assim como outras drogas horas antes de sua morte.
Murray já contratou um advogado caso façam tais acusações relativas à morte de Michael, aos 50 anos, em 25 de junho do ano passado, o que faria dele, por enquanto, o único acusado depois que o advogado Michael Flanagan eximiu a enfermeira que foi acusada equivocadamente pela overdose de Propofol do cantor.
A família do cantor, por sua vez, declarou que "confia na investigação policial", e diz ter certeza que há mais de uma pessoa envolvida na morte de Michael.
A notícia sobre a conclusão da investigação sobre a morte do rei do pop Michael Jackson conduzida pela Polícia de Los Angeles foi dada na sexta, pelo site TMZ, o primeiro a noticiar a morte do rei do pop. As investigações foram concluídas no final do mês de dezembro e serão divulgadas oficialmente dentro de algumas semanas.
Conforme apurou o TMZ, além da acusação de homicídio culposo, o médico Conrad Murray deverá ser acusado de negligência grave, devido ao tratamento dado ao cantor muito extremo se comparado às condutas normais.
Uma fonte não identificada disse ao site de celebridades TMZ que a investigação da polícia foi 'exaustiva' e complicada, pois o médico não violou nenhuma lei ao administrar o anestésico Propofol a Michael Jackson.
Miranda Sevcik, porta-voz de Murray em Houston e seu advogado, Edward Chernoff, disseram que o médico não comentaria e reiteraram que ele nem prescreveu nem administrou nada que pudesse ter matado Michael Jackson.
O Rei do Pop morreu em sua casa em Los Angeles, onde se encontrava sob os cuidados de Murray enquanto se preparava para uma ambiciosa turnê.
Para provar uma acusação de homicídio involuntário, as autoridades devem demonstrar que houve uma ação imprudente e temerária que envolvia um risco de morte ou de um grande dano corporal. Entre os medicamentos encontrados na casa de Jackson estava o propofol e as várias autópsias concluíram que o cantor morreu por uma intoxicação proveniente desta droga. Supõe-se que somente anestesistas profissionais possam aplicar o propofol.