Os preços da moeda americana começaram o dia mais baixos, na esteira do bom humor do mercado com o imbróglio europeu, mas tiveram um repique ainda no início da tarde, após a abertura das Bolsas americanas, que reagiram mal às "novidades" do BC americano.

Dessa forma, o dólar comercial atingiu R$ 1,849 nas últimas operações do dia, em um avanço de 0,10% sobre o fechamento de ontem. A taxa de câmbio chegou a R$ 1,865 em seu valor máximo do dia, e a R$ 1,838, em seu ponto mais baixo. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,960, em um declínio de 0,50%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 0,23%, aos 64.864 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,63 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem leve alta de 0,03%.


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Analistas ressaltaram que o mercado já antecipa desde ontem a possibilidade de um plano de ajuda para a Grécia, uma das economias da zona do euro com a situação fiscal mais deteriorada, a cargo da União Europeia.

Esse otimismo foi amenizado à tarde, quando o Federal Reserve (banco central dos EUA) revelou o teor do discurso do presidente Ben Bernanke ao comitê de finanças do Senado americano, em que aponta a retirada dos estímulos monetários concedidos à economia no auge da crise, mencionando explicitamente o ajuste nos juros. Houve uma reação imediata das Bolsas americanas e na brasileira Bovespa, mas que já retomou o terreno positivo.

O Banco Central entrou no mercado de moeda por volta das 12h30 (hora de Brasília) e comprou dólares por R$ 1,8470 (taxa de corte). A autoridade monetária também informou que que o fluxo do cambial do país está positivo em quase US$ 2 bilhões neste mês, na primeira semana.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, pouco mexeu nas taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.

A FGV registrou uma inflação de 0,98% em fevereiro, pela leitura do IGP-M, em sua primeira estimativa prévia deste mês. No ano, o indicador acumula nessa leitura uma alta de 1,68%.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista foi mantida em 9,78% ao ano; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada subiu de 10,26% para 10,27%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.

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