DIA A DIA

Bovespa fecha em queda de 0,41%, mas acumula ganho de 4,9% na semana
12/02/2010 - Folha Online

As notícias desfavoráveis da China e da Europa, além do feriado prolongado, foram motivos suficientes para o investidor optar por ficar de fora da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta sexta-feira, em sua primeira queda desta semana. A taxa de câmbio repercutiu esse nervosismo e encerrou a dia perto de R$ 1,86.

Na semana, o preço da moeda americana caiu 1,7%, enquanto neste mês a desvalorização acumulada é de 1,4%. A Bolsa teve ganho de 4,93% na semana, e de 0,7% no mês.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou 0,41% no fechamento, aos 65.854 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,46 bilhões. Ainda operando, a Bolsa de Nova York cai 0,85%.


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"A Bolsa começou o dia bastante pessimista, mas ensaiou uma recuperação no final do dia. Acredito que o fato de ser feriado nos EUA na segunda até ajudou um pouco, caso contrário, a queda seria ainda maior", diz Waldney Trindade, analista da Uniletra corretora, numa referência ao fato de que, antes de feriados prolongados, investidores costumam antecipar operações. "Acho que o mercado ainda está um pouco indeciso [sobre a situação na zona do euro]. Devemos ter mais uns dias de volatilidade na Bolsa", comenta.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,859, em um avanço de 0,49%. A taxa de risco-país marca 219 pontos, número 3,30% acima da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, a Eurostat, a agência europeia de estatísticas, revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro contraiu 4% em 2009. A Alemanha, principal economia da região, teve uma contração de 5% no ano passado, a pior recessão desde o final da Segunda Guerra Mundial. O PIB francês, por sua vez, encolheu 2,2%, a retração mais aguda dos últimos 50 anos.

Ainda no front externo, a Universidade de Michigan apontou uma queda na confiança do consumidor americano na economia de seu país neste mês. A sondagem de opinião pública da entidade teve uma leitura de 73,7 pontos neste mês, contra 74,4 pontos em janeiro. Economistas do setor financeiro esperavam um aumento rumo aos 75 pontos. O número divulgado hoje ainda é preliminar e deve sofrer ajustes ao longo do mês. Essa pesquisa é vista como um 'termômetro' da disposição para o consumo entre os trabalhadores americanos.

E a China voltou a assustar os mercados, ao lançar uma nova medida para conter o crescimento da economia. Desta vez, a autoridade econômica asiática determinou que os bancos locais elevem suas reservas para uma cifra de 16,5% dos atuais depósitos bancários.

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