Mercado negocia dólar por R$ 1,787, baixa de 0,27%, nos primeiros negócios 08/03/2010
- Folha Online
O dólar comercial é vendido por R$ 1,787 nas primeiras operações registradas nesta segunda-feira no mercado de câmbio doméstico. O número está 0,27% abaixo da cotação final da semana passada. Na sexta, o dólar foi cotado por R$ 1,787, enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve ganhos de 1,52%.
Há menos de dez dias da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, investidores e analistas devem olhar com um atenção especial os vários indicadores de preços que serão divulgados ao longo desta semana, começando por hoje: o IPC-S e o IGP-DI, ambos a cargo da Fundação Getúlio Vargas, além das expectativas do mercado para inflação do ano, como revelado semanalmente pelo boletim Focus.
O IGP-DI subiu 1,09% em fevereiro, apresentando assim uma aceleração ante janeiro, quando houve alta de 1,01%. Já a 1ª prévia de março do IPC-S teve alta de 0,88% na primeira leitura prévia deste mês, contra uma alta de 0,68% na divulgação anterior. No relatório Focus, o mercado financeiro aumentou novamente a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): eles esperam que o índice oficial de inflação encerre o ano em 4,99%, quase meio ponto percentual acima da meta de 4,5% estabelecida pelo governo para 2010.
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Amanhã é a vez do IPC, da Fipe-USP; na quarta, a primeira prévia do IGP-M deve merecer alguma repercussão; enquanto na quinta, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro é o destaque do dia. Analistas temem que o aquecimento "excessivo" da economia comprometa a meta de inflação (4,5%) para este ano e as cifras do produto nacional vão minar ou reforçar a tese.
Lá fora, a agenda de indicadores está um pouco menos intensa, em comparação com as semanas precedentes. Hoje não há maiores destaques. Na quarta-feira, o Departamento de Energia dos EUA publica o sempre influente boletim sobre as reservas de petróleo e derivados; na quinta, a balança comercial e a demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego são os indicadores mais relevantes.
Grécia
No final de semana, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, sinalizou uma possível ajuda dos países da zona do euro à Grécia, envolta numa crise financeira que ameaça a estabilidade da região.
"Se a Grécia precisar de ajuda, estaremos lá", disse ele em uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro grego, George Papandreou. "Os principais atores no palco europeu estão decididos a fazer o que for necessário para garantir que a Grécia não fique isolada", acrescentou.
Já na sexta à noite, a colega alemã de Sarkozy, a chanceler Angela Merkel, foi igualmente enfática, mas em outro sentido, ao declarar que a Grécia "não pediu ajuda financeira" e que "a estabilidade da zona euro está garantida".
O primeiro-ministro grego George Papandreou afirmou ontem que seu país quer encontrar uma "solução europeia" para suas dificuldades e que, por enquanto, não planeja recorrer ao Fundo Monetário Internacional.