Número de mortes em Niterói chega a 116; total no Estado soma 196 09/04/2010
- Golha Online com Agência Brasil
Levantamento divulgado pelo Corpo de Bombeiros no fim da tarde desta sexta-feira mostra que chega a 196 o número de mortes em decorrência das chuvas que atingem o Estado do Rio desde o começo da semana. Niterói é o município com maior número de vítimas -- 116. Ainda há desaparecidos.
De acordo com os bombeiros, também ocorreram mortes no Rio (60), em São Gonçalo (16), em Nilópolis (1), em Petrópolis (1), em Magé (1) e na região de Pacarambi (1). Segundo a corporação, são 161 pessoas feridas no Estado.
O número de desaparecidos permanece incerto. Na tarde desta sexta, ao visitar Niterói, o governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que o número de mortos no deslizamento do morro do Bumba, em Niterói, pode chegar a 150.
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"É um número estarrecedor. Uma previsão dramática, muito dura, possivelmente mais de cem corpos. Entre 100 e 150, pelos cálculos do Corpo de Bombeiros e pelas informações levantadas", disse o governador.
Niterói
Em Niterói, o secretário municipal de Segurança e Defesa Civil, Marival Gomes, estimou em pelo menos 600 o número de famílias que tiveram as casas condenadas e precisarão ser realocadas.
"Diminuíram os riscos, mas ainda temos áreas que nos preocupam muito. Choveu a madrugada toda e durante esta manhã, o que torna os trabalhos mais lentos. Temos que ter cuidados com a vida dos bombeiros e do pessoal da Defesa Civil, que não podem correr riscos".
O secretário inspecionou o morro do Bumba, onde a tragédia foi maior. Segundo ele, a estimativa é de que havia cerca de 90 casas no local, tomando por base o número de ligações de luz informado perla Ampla, a concessionária de energia elétrica.
Áreas de risco
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), publicou ontem um decreto em que permite a retirada de pessoas de locais considerados de risco mesmo sem seu consentimento. A medida consta no documento que também decretou situação de emergência nas áreas afetadas pelas chuvas no município.
No Estado, as chuvas também já fizeram com que ao menos 14 mil pessoas deixassem suas casas, segundo levantamento da Defesa Civil. Desse total, mais de 11,4 mil pessoas são desalojadas -- estão em casas de parentes e amigos -- e outras 3.200 estão desabrigadas, ou seja, dependem de abrigos públicos.
Saúde
A Secretaria da Saúde da cidade do Rio divulgou uma série de medidas e recomendações para evitar a contaminação da população por doenças transmissíveis pela água e por alimentos contaminados em decorrência das chuvas dos últimos dias. Entre as doenças que podem aumentar com as chuvas estão diarreia, cólera, hepatite A e problemas intestinais, além de leptospirose e tétano.
Para prevenir esse contágio, a secretaria pede que as pessoas evitem o contato com a lama e as sujeiras trazidas pelas águas das enchentes, e proíbam as crianças de brincar com estas águas. Em casos de ferimentos, a pessoa deve lavar a parte afetada com água limpa e sabão.
As pessoas também não devem consumir alimentos embalados em plástico, papel, papelão ou qualquer outra embalagem que absorva umidade e tenha tido contato com as águas contaminadas. Também não deve consumir água sem tratamento ou de procedência duvidosa.
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Comentário de AUGUSTO (AUGUSTOW5@HOTMAIL.COM) Em 09/04/2010, 20h50