Desempenho do utilitário esportivo Audi Q5 11/04/2010
- G-1
O segmento de SUVs é um dos principais alvos da indústria automobilística no Brasil. Entre os utilitários-esportivos mais simples, como o Ford EcoSport , e os mais vistosos, como Porsche Cayenne, um segmento intermediário ganha força no mercado. São os SUVs médios premium, que além dos veteranos Mercedes-Benz GLK e BMW X3, inclui os novatos Volvo XC60, Volkswagen Tiguan e o Audi Q5.
O modelo da Audi foi lançado há quase um ano e é um dos principais responsáveis por aumentar as vendas da marca alemã no mundo, inclusive no Brasil. A fabricante obteve recorde no primeiro trimestre de 2010 com um volume 25,9% superior ao registrado no mesmo período de 2008, ano em que a montadora registrou sua última alta.
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De acordo com a Audi do Brasil, a demanda pelo veículo no mercado externo é tão forte, que o brasileiro que quiser um Q5 terá que encarar uma fila de espera de um a dois meses. Isso porque só "sobram" para o país no máximo 35 unidades mensais. Por aqui, o utilitário da marca alemã não supera apenas o XC60, que é quase R$ 68 mil mais em conta e acumulou no primeiro trimestre do ano 580 unidades vendidas, montante sete vezes superior ao do Q5.
Mergulhado em um extenso pacote de tecnologias de ponta, o Q5 perde para o irmão maior Q7 apenas em tamanho. Desde a versão ‘básica’, o modelo traz câmbio automatizado S-Tronic de dupla embreagem de sete velocidades e a tração integral permanente quattro, o sistema de auxílio em descida, que mantém automaticamente uma velocidade segura, e o programa eletrônico de estabilidade que, além de corrigir a trajetória do veículo em situações de risco, oferece a função ‘off-road’, que evita derrapagens em estradas de terra.
Como opcional a fabricante oferece o sistema "Audi Drive Select" que regula a suspensão, direção e o câmbio e ajusta o comportamento do carro em confortável, intermediário ou esportivo. De série ele traz elementos obrigatórios para veículos desta categoria, como freios ABS com distribuição eletrônica, controles de tração (ASR) e estabilidade (ESP), faróis bi-xenônio e seis airbags.
Na cabine, o destaque é o sistema Audi Infotainment que, por meio de uma tela de LCD de 6,5 polegadas e um botão giratório, gerencia as funções do ar-condicionado, sistema de áudio, auxílio de estacionamento, relógio e temperatura externa. Um software específico permite que o sistema se integre a vários tocadores de MP3, incluindo o iPod, e mostre as pastas e músicas na tela.
O habitáculo fica ainda mais agradável com o bom acabamento interno, que traz materiais sensíveis ao toque, bancos revestidos em couro e ajustes elétricos de altura, lombar e longitudinal para motorista e passageiro. Os bancos traseiros são reclináveis, rebatíveis e tem 10 centímetros de deslizamento horizontal.
Apesar dos recursos, o ocupante do meio não encontra uma posição confortável para viajar. Com generosos 2.81 metros de entreeixos, falta espaço para três passageiros e o apoio de braço rebatível enrijece a parte central do assento. Em viagens longas, o indicado é levar apenas dois adultos.
Por fora, o Q5 acompanha a harmonia do interior, mas com uma ‘pegada’ mais esportiva, o que diferencia visualmente o modelo da concorrência. A esportividade também está sob o capô. De acordo com a fabricante, o Q5 é o mais rápido e veloz da categoria. Equipado com o motor 2.0 Turbo FSI de 214 cavalos e 35,7 mkgf de torque, o utilitário acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e tem velocidade máxima de 222 km/h.
Mesmo com o fôlego, o modelo não é "beberrão". Isso graças às sete marchas que possibilitam rotações mais baixas. Aos 120 km/h, o conta-giros marca 2.100 rpm. De acordo com a Audi, o SUV faz até 12,3 km/l de gasolina na estrada com o ar-condicionado desligado e sem cargas. No uso urbano o a média é de 8,7 km/l.