DIA A DIA

Em dia de tensão por Coreias, Bovespa acentua perdas e dólar marca R$ 1,88
25/05/2010 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) amarga perdas em torno de 3% na rodada de negócios desta terça-feira, seguindo de perto as fortes quedas nas Bolsas americanas e europeias. Analistas apontam a escalada de tensão entre as Coreias como um dos fatores de estresse nos mercados. A perspectiva de um confronto asiática afeta os negócios, num cenário de aversão alta ao risco por conta da crise na zona do euro.

Também permanece o mal-estar sobre a Europa. O foco se voltou para a Espanha, onde a intervenção do banco central local sobre uma pequena instituição financeira (a Cajasur) despertou temores sobre as condições de todo o sistema bancário desse país, uma das economias fragilizadas do continente, junto com Portugal e Grécia.

O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, cede 3%, aos 58.116 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,11 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) cai 1,98%.


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Na Europa, a Bolsa de Londres recua 2,63%; a Bolsa de Frankfurt perde 2,76%.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,887, em um avanço de 1,23% sobre o fechamento de ontem. A taxa de risco-país marca 254 pontos, número 5,83% acima da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, a Agência Nacional de Estatísticas informou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido teve um crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2009.

O governo alemão sinalizou que pode ampliar suas medidas contra operações especulativas com ações, estendendo a proibição de vendas de ações a descoberto (sem garantias). Na semana retrasada, um anúncio semelhante gerou forte nervosismo no mercado de ações.

Nos EUA, sondagem do instituto privado Conference Board apontou um aumento da confiança dos consumidores na economia, principalmente com a melhora das expectativas para os próximos seis meses.

Já no front doméstico, o Banco Central revelou que o país teve um deficit de US$ 4,6 bilhões nas suas transações com o exterior em abril, abaixo dos US$ 5,1 bilhões registrados em março.

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