DIA A DIA

Dólar recua pelo terceiro dia e fecha a R$ 1,81; Bovespa cede 0,32%
28/05/2010 - Folha Online

A taxa de câmbio brasileira cedeu pelo terceiro dia consecutivo, apesar do nervosismo dos mercados com o rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) da Espanha pela agência Fitch. Embora alguns economistas já contassem com a piora da avaliação sobre o risco espanhol, devido à situação das contas públicas desse país, a novidade não deixou de afetar os negócios.

Nesse contexto, a cotação da moeda americana variou entre a taxa máxima de R$ 1,831 e a mínima de R$ 1,809, sendo negociada por R$ 1,810 nas últimas operações, o que significa um decréscimo de 0,87% sobre o fechamento de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em R$ 1,930.

O dólar teve decréscimo de 2,7% na semana, mas no mês acumula um avanço de 4,14%.


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Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrai 0,32%, aos 61.891 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,94 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 0,38%.

Desde ontem, profissionais do mercado apontavam um movimento especulativo para derrubar os preços da moeda americana, com a proximidade do final de mês.

A taxa de câmbio de segunda-feira vai servir de referência para liquidar uma série de contratos vinculados ao dólar que são negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Por esse motivo, agentes financeiros agem para influenciar a formação dos preços conforme ganhem com a alta ou baixa das cotações.

É o que no jargão de mercado é conhecido como a disputa pela "Ptax" (a taxa média de câmbio, calculada pelo Banco Central) entre "comprados" (agentes que ganham com alta dessa taxa) e "vendidos" (que ganham com a baixa).

Profissionais das corretoras de câmbio já notavam que muitas tesourarias de bancos estavam majoritariamente "vendidos", o que poderia contribuir para queda das cotações, ainda que no curto prazo.

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas caíram novamente.

A FGV apontou inflação de 1,19% em maio, ante 0,77% em abril, pela leitura do IGP-M, utilizado para o reajuste dos aluguéis. Economistas de bancos e corretoras estimavam uma variação de 1,29%.

No contrato para outubro de 2010, a taxa prevista cedeu de 10,59% ao ano para 10,58%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 11,01% para 10,99%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 12,13% para 12,05%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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